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Prefeito afirma que interdição é medida para estruturar comércio popular

Lívia Gaertner em 16 de Maio de 2013

O termo de interdição n° 002/2013 da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Serviços Públicos foi um dos desdobramentos das discussões promovidas pelo grupo de trabalho criado em abril deste ano para tratar do reordenamento da Feira Brasbol, segundo explicou em entrevista ao Diário, o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte.

"Há quase um mês, criamos um grupo de trabalho para discussão e organização do funcionamento da Feira Brasbol, fazendo parte vários segmentos, inclusive a Associação dos comerciantes da Brasbol. Desde a primeira reunião, eles foram informados que teríamos que interditar para que essa feira fosse regularizada", comentou ao mencionar que a interdição é temporária.

"O que estamos fazendo, e por isso a palavra não é fechamento, mas interdição, porque vamos mandar nos próximos dias um projeto de lei para a Câmara de Vereadores estabelecendo critérios legais, naquele local ainda, de um centro de comércio popular, mas aí com regras. Tem que ter laudo do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária; autorização da Receita Federal, a procedência da mercadoria, quais produtos podem ser vendidos lá, então o que estamos fazendo é cumprir a lei", disse Duarte.

"Não é uma atitude arbitrária, tomada do dia para a noite; há um mês que esse assunto está sendo discutido e que a associação está sendo informada que seria esse o encaminhamento que a Prefeitura seria obrigada a tomar", ressaltou.

O prefeito esclarece que a interdição, apesar de ser uma decisão que causa muita repercussão, ainda foi a melhor medida adotada. "Eu sei que é uma medida dura, eu tenho consciência disso, mas ou eu tomava essa medida, ou seria a Justiça que tomaria e sem nenhuma alternativa. A Prefeitura está apontando um caminho para que a feira volte a funcionar, mas de uma forma regular", justificou.

Anderson Gallo/Diário Online

Duarte disse que Prefeitura tem que estabelecer as normas e os feirantes têm que se enquadrar dentro daquilo que determinam o Corpo de Bombeiros e demais órgãos

Paulo Duarte citou os documentos, tanto do Ministério Público como do Corpo de Bombeiros, com os principais para respaldar a interdição do local de comércio. "Existe recomendação do Corpo de Bombeiros do risco iminente de incêndio. Eu não vou esperar que aconteça uma tragédia como aconteceu em Santa Maria para tomar atitude. Não vou pecar por omissão. Há um documento expresso do Ministério Público, recomendando a interdição da feira pelos motivos da falta de respaldo legal para que ela funcione, do risco à saúde da população, até porque tem problemas de alimentos perecíveis que estão lá", falou ao resumir os motivos que levaram à interdição.

Sobre a argumentação de que a Feira Brasbol possui alvará para funcionamento, o prefeito rebate. "Não é alvará, eles pagam a taxa de uso do solo e uma taxa de localização, o nome certo disso não é alvará e tem um detalhe: existe uma espécie de alvará para a associação que não pode usar esse documento, pois ela congrega as pessoas que estão estabelecidas na feira, ela não pode ter alvará para comprar mercadorias", disse ao falar sobre o argumento da legalidade e igualdade de concorrência.

"Como prefeito de Corumbá tenho que olhar por toda a cidade, a lei tem que valer efetivamente para todos. Nós temos que pensar na cidade, recebi aqui os comerciantes que estão regularmente instalados no comércio de Corumbá, reclamando, dizendo que iriam fechar as portas pela concorrência desleal pelo o que está acontecendo já que não há uma fiscalização sobre a origem da mercadoria", comentou ao frisar que a Prefeitura está cumprindo a sua obrigação.

"Há um espaço público da Prefeitura, que estava irregular, que estamos interditando. Se eles forem para outro lugar, vai estar irregular da mesma forma. Uma coisa é você vender um artesanato, outra coisa é vender um pacote de feijão e arroz na porta de um supermercado, daí nós viramos uma terra sem lei ou parcialmente sem lei, em alguns lugares ela vale e em outros não", ponderou ao explicar que a atividade comercial deve seguir no local, porém de forma diferente.

"A Prefeitura não pode edificar num espaço público e entregar para o setor privado tocar. O que estamos estabelecendo é que quem quiser instalar as barracas dentro de uma norma terá que arcar com isso. A Prefeitura não vai fazer isso, temos que estabelecer as normas e as pessoas têm que se enquadrar dentro daquilo que determinam o Corpo de Bombeiros e demais órgãos", finalizou.

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Comentários:

Jose Carlos Mendonça: Já estava previsto. o Governo anterior não teve pulso para colocar ordem no tipo de comercio que se aplica ali. Como exemplo, cito material elétrico sem certificação, que pode causar danos graves. Equipamentos diversos, sem garantia de qualidade, com riscos a integridade física. É preciso sim dar ordem no local. Que está irregular, isso ninguém tem dúvida. Nem mesmo os feirantes que estão protestando...

Luiz Carlos Fonseca Vieira: Bom dia.., É isso aí Prefeito, há muito tinha que ser feito isso na feirinha..tá faltando saco roxo.. não é só o comércio ilegal de determinadas mercadorias, e sim o mais importante que é a segurança de quem travbalha e frequenta aquele local., é só olharmos pra cima..iremos ver "gambiarras" de fios se cruzando e o que é mais grave, a "Dona" Enersul instalando Padrões. Parabéns!! vamos lá.. faça dessa feira, um Ponto de Encontro dos Corumbaenses, principalmente no período Noturno, a exemplo da FEIRA CENTRAL lá em Campo Grande.

Gerson dos Santos: Agora vai regularizar, quero ver quantos comerciantes instalados ali irão voltar? Se for mesmo pra ser correto, tenho certeza que vai ser poucos que voltarão, pois na real somente quem for vender artesanatos ou coisa parecida que podera voltar................

MARIA LUIZA DA SILVA: O MINISTÉRIO PUBLICO ESTA CORRETO. GENTE COMO CORUMBÁ VAI CRESCER COM TANTOS BOLIVIANOS TIRANDO DINHEIRO DAQUI E LEVANDO PARA SEU PAIS. A MAIORIA NÃO MORAM EM CORUMBA ELES ESTÃO FALANDO QUE MORAM MAS NÃO MORAM, SE TEM QUE SEGUIR A LEI QUE SIGUAM, AGORA ELES CHEGAM AQUI E QUEREM MANDAR? ELES QUE MANDEM NO PAIS DELES. TEM QUE CUMPRIR COM AS REGRAS DO NOSSO PAIS E COM AS LEIS DO NOSSO PAIS. ESTA CERTISSIMO E TEM QUE ACABAR COM AS FEIRAS DAS SEMANAS. COLOCAR SÓ BRASILEIROS POIS A MAIORIA SÃO BOLIVIANOS QUE VEM COM SEUS CARROS LOTADOS DA FRONTEIRA PARA PODER VENDER AQUI E NENHUMA AUTORIDADE FAZEM NADA. ELES GANHAM DINHEIRO DAQUI PARA GASTAREM LA. ACORDA POVO CORUMBAENSE... PRECISAMOS CRESCER E NÃO AFUNDAR

fabiano mossaim: PARABENS PREFEITO PELO EXCELENTE TRABALHO QUE SUA ADMINISTRAÇÃO VEM FAZENDO EM PROL DA CIDADE DE CORUMBÁ, ESSE DEBATE A MUITO TEMPO VEM SENDO FEITO, NÃO ADIANTA MAIS CHORAR, ORDEM E ORDEM CUMPRA-SE, CHEGA DE VER A CIDADE IMUNDA, MAL CUIDADA, VEJO NO PAULO DUARTE UMA NOVA ERA PARA CORUMBÁ-MS, BOLIVIANOS ESTÃO TOMANDO CONTA E MANDANDO NO MUNICIPIO, TODO MUNDO PEDE MUDANÇA, QUANDO A ADMINISTRAÇÃO SE POSICIONA PRA QUE AS COISAS FUNCIONEM, APARECEM AS RECLAMAÇÕES, CRÍTICAS, TEM AQUELE DITADO CADA UM NO SEU QUADRADO BOLIVIANOS NA BOLIVIA E BRASILEIROS NO BRASIL, OBRIGADO.

MARIA LUIZA DA SILVA: SERÁ QUE ESSES BOLIVIANOS SÃO LEGALIZADOS AQUI NO BRASIL PARA PODEREM ABRI ALGUM NEGOCIO? POIS SEMPRE VEJO ELES FECHANDO SUAS BARRACAS E INDO PARA A BOLIVIA. ELES POSSUEM RESIDENCIA POR AQUI. TEM CNPJ ? SE TEM COMO ABRIRAM? POIS TEM QQUE TER RESIDENCIA AQUI NA CIDADE? TEM Q TER CPF, RG E TODOS OS DOCUMENTOS POSSIVEIS PARA PODER ABRIR.......

LINO BRITO LOUREIRO: PREFEITO VC ESTÁ CERTO O COMÉRCIO DE CORUMBÁ VEM SOFRENDO ESSE ABUSO A MUITOS ANOS, NÃO MORO AI MORO EM CG MAIS SOU FILHO DESSA TERRA, AMO CORUMBÁ.