Leonardo Cabral em 23 de Fevereiro de 2020
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Carro Abre-Alas retratou a Terra do Nunca
Tendo seu primeiro enredo infantil “Como é doce ser criança outra vez”, em pouco mais de duas décadas de existência, a Mocidade, que tem a Arara como símbolo, transformou a “Terra do Nunca”, do personagem “Peter Pan”, em sua área de lazer, mostrando aos foliões que tudo é possível através da imaginação.
Na sua comissão de frente, a escola de samba apresentou a contação de história, cena onde as crianças costumavam sentar-se aos pés dos avós para ouvir os contos, e ter ali o poder de imaginação em poder estar junto com aqueles personagens viajando no mundo de magia e aventuras.
O carro abre-alas veio mostrando a “Terra do Nunca”, pedindo passagem para uma viagem nas brincadeiras antigas, como ciranda cirandinha, polícia ladrão, vivo morto, salada mista.
Ainda foram retratadas brincadeiras como cavalinho de pau, marcha soldado, bolitas, amarelinha, futebol de rua e a tradicional brincadeira de soltar pipas, uma das poucas ainda conservadas pelas crianças na cidade pantaneira, entre outras que foram mostradas nas 16 alas da Mocidade, que veio para a General Rondon, com seus 850 integrantes. E já que o enredo foi infantil, a presença de crianças marcou toda a passagem da escola da Zona Sul corumbaense.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Carol Castelo, rainha da Bateria veio fantasiada de Sininho
Ainda no início do desfile, logo após o recuo da bateria, a escola permaneceu por um bom tempo parada, prejudicando a evolução. Dirigentes da agremiação alegaram que um grande número de pessoas na pista atrapalhava a passagem da Mocidade, entretanto, foi possível perceber problema no último carro.
A agremiação nesse enredo também não deixou de lembrar o escritor brasileiro, Monteiro Lobato, com a sua obra “Sítio do Pica-pau Amarelo”, onde a fantasia se misturando à realidade fez parte do cotidiano dos personagens “Narizinho” e de seu primo “Pedrinho.
A homenagem veio do uso da expressão “pirlimpimpim”, cantado em sua letra, fazendo referência ao pó que era usado pela “boneca Emília”, que foi retratada pela ala das baianas.
A escola da Zona Sul encerrou o desfile com a velha guarda. Todo saudosismo trazido por boas lembranças, as amizades sem fim dos integrantes da ala, mostraram em sua fantasia, como é doce ser criança outra vez.
Após o desfile, o presidente da Mocidade, José Maria Rodrigues, em entrevista por telefone a Chicão de Barros, do site Cidade Branca, parceiro do Diário Corumbaense na transmissão dos desfiles, confirmou que a escola estourou em dois minutos o tempo de apresentação, de 70 minutos no máximo. Pelo regulamento da Liesco, cada minuto ocasiona a perda de dois décimos. Isso quer dizer, que na apuração oficial, a Nova Corumbá deve entrar na soma dos pontos com menos quatro décimos.
Ainda na madrugada, José Maria relatou a este Diário: "Tivemos o último carro quebrado na esquina da Frei Mariano com Delamare. A diretoria, o pessoal de apoio, empurradores, foram guerreiros e levaram o carro no braço, o que é possível ver as marcas no asfalto, a curva foi muito difícil. Mas tudo está na mão dos jurados". (matéria editada para atualização de informação).
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