Caline Galvão em 22 de Janeiro de 2016
Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense
Mosquito palha se reproduz em locais com muita umidade, restos de alimentos e lixo orgânico
Ainda não há casos registrados de leishmaniose em Corumbá neste ano, mas, de acordo com Viviane Ametlla, coordenadora da Vigilância em Saúde do município, há uma paciente da Bolívia realizando tratamento na cidade, no entanto, o caso dela foi notificado no final de 2015. A doença é passada pelo mosquito palha, muito comum na região do Pantanal que se reproduz em local sombrio, com muita umidade e que tenha matéria orgânica em decomposição, como por exemplo, naquelas frutas que ficam caídas no fundo do quintal e o morador não limpa.
“O mosquito palha precisa picar um animal infectado para poder transmitir a doença. Em humanos, há dois tipos de leishmaniose, a visceral e a tegumentar. A visceral causa febre, aumento abdominal, fraqueza e anemia. A tegumentar causa feridas que não cicatrizam facilmente e é mais comum em zona rural. O tratamento é longo e doloroso, porque é injetável diário, e há efeitos colaterais porque a droga é forte”, explicou Viviane.
De acordo com a coordenadora, já há relatos na literatura de gatos com leishmaniose, mas é mais raro. O comum é a doença aparecer em cachorros, podendo não ser sintomática no animal, no entanto, o bicho pode estar com o parasita circulando no sangue, porém, há casos da doença quando a infecção é visível e o animal pode apresentar feridas, crescimento exagerado das unhas, perda de peso, pelagem opaca, falta de apetite, anemia, inchaço nos gânglios, diarreia e vômito. No entanto, é necessário o exame por parte de um veterinário para detectar a leishmaniose, pois algumas doenças como sarna podem confundir. O recomendado pelo Ministério da Saúde é que o animal infectado seja entregue no Centro de Controle de Zoonoses.
Como forma de prevenção, é fundamental que os quintais estejam limpos e livres de frutas espalhadas ao chão, restos de comida e lixo orgânico.
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