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Vigilância em Saúde alerta sobre quatro doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

Caline Galvão em 22 de Janeiro de 2016

Além da dengue, chikungunya e zika, o mosquito Aedes aegypti também transmite a febre amarela, que estava erradicada no Brasil há 73 anos, até que uma morte pela doença foi registrada no Rio Grande do Norte em 2015. Quem reside em Corumbá, deve ficar atento à vacina contra febre amarela que está disponível nas Unidades de Saúde.

De acordo com Viviane Ametlla, coordenadora da Vigilância em Saúde de Corumbá, em 2010 foi registrado um óbito na zona rural da cidade por causa da febre amarela, transmitida provavelmente por um macaco. “Nós temos aqui uma população vulnerável porque há muitos mosquitos Aedes e infelizmente algumas pessoas se descuidam de tomar a vacina. Lembrando que a febre amarela é evitável pela vacina. Basta a pessoa ir até o posto de saúde e se vacinar”, disse Viviane ao Diário Corumbaense.

Ametlla afirmou que a Vigilância em Saúde está preocupada com a febre amarela porque já em países como a Bolívia não há o controle da doença e espera-se neste carnaval a vinda de muitos turistas da nação vizinha. Além disso, a morte de uma auxiliar de enfermagem em Natal alertou os setores de saúde de todo o País.

“Independente do carnaval, sempre que tem evento que tem aglomeração muito grande, é possível que pessoas venham para cá infectadas e esses casos possam aumentar. Precisamos estar preparados no sentido de prevenir para reduzir ao máximo esse risco”, afirmou Viviane.

Reprodução

Aedes aegypti: transmissor de quatro graves doenças

De acordo com o Ministério da Saúde, a forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. No entanto, as primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.

Corumbá apresentou novas notificações de chikungunya

Desde o início de 2016 até a segunda semana do ano, já foram registradas 56 notificações de dengue, mas até agora nenhuma confirmação. Com relação à chikungunya, surgiram duas novas notificações da doença desde o dia 1º de janeiro, mas nenhuma confirmação porque o exame para detectar a doença é realizado no Pará.

Com relação ao zika vírus, não houve novas notificações e apenas um caso foi registrado na divisa de Corumbá com Ladário em dezembro de 2015. O caso foi tratado como importado, já que a paciente esteve no local onde ocorrem muitos casos da doença, no estado da Paraíba. Na época, a Secretaria de Saúde de Ladário realizou o bloqueio da área, fez limpeza com produto químico e realizou o controle sobre focos de Aedes aegypti.

Viviane Ametlla, coordenadora da Vigilância em Saúde de Corumbá, afirmou que os profissionais de saúde do município estão capacitados para identificar o zika vírus, mas essa ainda é uma doença muito nova e que demanda mais pesquisas.

“O pessoal está todo capacitado, mas o zika é um vírus que está trazendo novidades. Tem algumas coisas que estão acontecendo agora. Saiu, por exemplo, que pesquisadores identificaram que o zika ultrapassa a placenta da gestante, então é tudo muito novo. A gente está acompanhando todas as informações”, assegurou Viviane.

Diante do Aedes aegypti, transmissor de quatro graves doenças, Viviane Ametlla afirmou que a população deve ficar bem atenta e combater as larvas. “As pessoas têm que nos ajudar dentro de suas residências. A gente tem visto várias situações em que encontramos muitas larvas. A população precisa ajudar mais a gente, porque sozinhos não vamos conseguir”, pontuou.

 

Comentários:

PAULO CÉSAR LACERDA DE NOVAIS : Uma pena, que doenças erradicadas estejam se tornando novamente emergentes . Não creio que isso se deva apenas a " globalização " das doenças, mas também à falta de politicas publicas de saúde preventiva . Mas o governo por si só não resolve . Não podemos negar que uma enorme parcela da culpa, deve ser atribuída à própria comunidade, que insiste em não atender aos aconselhamentos para evitar a propagação . Observei recentemente no Guarujá e observo aqui mesmo em São Paulo, o aglomerado de lixo que as pessoas espalham por todos os cantos . Também a existência de terrenos abandonados, imóveis e quintais , mal conservados , verdadeiros criadores à céu aberto . Vamos refletir POVO !!!!!!

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