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Bolívia: revoltada, população amarra suspeito de estupro de criança em praça pública

Leonardo Cabral em 08 de Junho de 2022

Reprodução/ Clave 300

Suspeito amarrado sem roupa em praça pública após ser tirado pela população da prisão

Acusado de estupro contra um garoto de dez anos, homem de 23 anos, foi retirado à força da Casa Judicial do município de Yapacaní, na Bolívia, por várias pessoas enfurecidas que ameaçaram linchá-lo na praça principal. Para proteger a integridade do suspeito, os policiais fecharam a porta principal, mas a multidão jogou pedras, inclusive nas janelas do imóvel alugado ao Judiciário.

O acusado teria cometido o crime junto com seus irmãos e a vítima, ainda teria contraído doença sexualmente transmissível. Imagens que circulam nas redes sociais, mostram o momento em que o grupo vai ao prédio e toma o detento das mãos da Polícia para espancá-lo na rua. Duas mulheres que aparentemente são parentes do indivíduo, tentam impedir a ação da população, clamando por misericórdia e pedindo ajuda para evitar que ele fosse linchado.

Alguns minutos depois, a multidão leva o suspeito até a praça principal, onde retira a roupa dele e o amarra, sob gritos para que seja cortado o pênis dele, como "punição" por ter abusado de um menor junto com seus irmãos.

Horas depois foi liberado 

Foi atendendo ao pedido do pai do suspeito, que ele foi liberado e entregue à Polícia pela população de Yapacaní, por volta das 02h30 desta quarta-feira (08).

Reprodução Clave 300

Uma das duas mulheres, pedindo para que o suspeito não fosse linchado pela população

Nas redes sociais, o pai pediu apoio policial para evitar a morte do filho. “Chamem o comando, eu imploro, por favor, pelo amor de Deus... vocês não me conhecem, mas salvem meu filho", pedia o pai em um dos muitos áudios enviados pelas redes sociais.

O caso

De acordo com as investigações, o acusado e seus irmãos foram identificados pelo menor como as pessoas que abusaram dele repetidamente, aproveitando-se do fato de a vítima brincar com a irmã dos acusados, que por vezes, se encontravam sob efeito de álcool. O menor ainda relatou que foi ameaçado com uma arma de fogo para que não contasse a ninguém sobre os abusos.

O caso foi descoberto em outubro do ano passado, depois que a vítima teve que ser internada no hospital de Yapacaní, onde exames apontaram que ele havia contraído doença sexualmente transmissível. Essa situação fez com que ele passasse por uma entrevista psicológica e identificasse os supostos agressores sexuais.

Com informações do site Clave 300.