Brasileira morreu após segunda cirurgia estética em sete meses, diz filha ao MP da Bolívia

O Ministério Público revelou na quinta-feira, 29 de maio, que a brasileira Marli Alves Rêgo, de 42 anos, foi a Santa Cruz de la Sierra, a pouco mais de 600 km da fronteira com Corumbá, na semana passada, para se submeter à uma segunda lipoaspiração, em menos de sete meses.

O promotor responsável pelo caso, Daniel Ortuño, informou que a vítima passou pela cirurgia no dia 25 de maio, e veio a óbito. De acordo com a autópsia realizada no necrotério de Pampa de la Isla, a causa da morte foi choque hipovolêmico causado por uma lesão na veia cava, um dos principais vasos sanguíneos do corpo humano.

A filha de Marli foi à Bolívia e relatou ao Ministério Público que ela não havia ficado satisfeito com o primeiro procedimento estético. “Segundo a filha da vítima, ela já havia vindo ao país para uma primeira cirurgia, com a qual não ficou satisfeita, por isso, retornou. A filha chegou a afirmar que a mãe estava ciente dos riscos envolvidos nesses procedimentos”, explicou o promotor Ortuño.

Ela ainda relatou que a mãe decidiu contatar um novo cirurgião, que agora é o principal alvo da investigação classificada como homicídio culposo. Segundo o depoimento, foi esse cirurgião que se ofereceu para realizar a lipoaspiração que terminou em morte.

“Ela já havia se submetido a uma cirurgia há sete meses com outro médico, mas como não gostou dos resultados, procurou uma nova cirurgia estética, desta vez com o médico que agora está sob investigação”, ratificou Ortuño.

O Ministério Público intimou o cirurgião a depor na terça-feira, 03 de junho, enquanto toda a equipe cirúrgica — incluindo o anestesista, o instrumentador e a equipe de apoio — também deve comparecer para esclarecer o grau de envolvimento de cada um. Nomes não foram informados.

A clínica participar onde o procedimento ocorreu permanece fechada por ordem judicial. O corpo de Marli já foi trazido para o Brasil. 

Com informações do jornal El Deber.