Leonardo Cabral em 19 de Fevereiro de 2023
Luciane de Moraes/Diário Corumbaense
Casal de mestre e porta-bandeira, Victor Hugo e Júlia Souza, representando pai e mãe de Xangô
Com o enredo “Kaô Cabecillê", a Caprichosos trouxe em seu pavilhão as cores azul, vermelha e branca e fez uma saudação ao grande Rei de Oyó, o senhor da justiça e o Orixá do equilíbrio, Xangô, poderoso orixá que tem o controle sobre os raios e trovões, e segundo a lenda, também expele fogo pela boca.
Na comissão de frente, os Guardiões do Templo de Xangô, protegem o Xangô rei. Eles retratam uma gruta, onde se encontra São Jerônimo (Xangô sincretizado) com um grande leão ao seu lado, que com o poder da escrita, escreve suas leis e seus julgamentos. Os guardiões do templo, trouxeram Xangô de dentro da gruta para celebrar e dançar nessa homenagem em seu nome.
No 1º Carro “Abre-alas”, a Caprichosos veio o símbolo maior da escola, que é a onça-pintada. Nele, os três destaques representando as esposas de Xangô (Obá, Oxum e Iansã). Logo em seguida, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Victor Hugo e Júlia Souza, representando pai e mãe de Xangô.
Já as Baianas, vieram de Oxum, orixá rainha das águas doces, dona dos rios e cachoeiras. Cultuada no candomblé e também na umbanda, religiões de origem africanas, Oxum é a segunda esposa de Xangô e representa a sabedoria e o poder feminino, vista como deusa do ouro e do jogo de búzios.
Luciane de Moraes/Diário Corumbaense Caprichosos trouxe cores vibrantes para a passarela do samba
No terceiro carro alegórico, com a escultura do rei Xangô e com o símbolo da justiça (balança), veio como destaque principal, Pai Hamilton, representando Xangô, com o poder do fogo, queima, destruindo tudo o que é de ruim e ocorre a transmutação, trazendo tudo o que é de bom, reafirmando que Xangô é o pai é rei de todos.
A Caprichosos de Corumbá encerrou o desfile com a bateria saindo do recuo e levando a escola até à dispersão, sendo os 70 ritmistas, com a fantasia “Ayobás sacerdotes do culto a Xangô”, comandados pelo mestre Deivid.
Teve como rainha da bateria, Nanda Ferraz, que é a primeira transexual a ocupar o posto no carnaval de Corumbá, que veio representando “Oxum a mais amada”. Nanda mostrou muita desenvoltura e samba no pé, arrancando aplausos do público na Avenida.
Luciane de Moraes/Diário Corumbaense Nanda Ferraz à frente da bateria arrancou aplausos do público
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