Lívia Gaertner em 04 de Março de 2025
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Mocidades desfilou com cerca de 800 foliões distribuídos em 22 alas
Já na comissão de frente, a escola escolheu um dos rituais religiosos mais emblemáticos de nosso país: a lavagem das escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador. Oxalá, orixá da criação, da paz, da sabedoria, da harmonia, da luz e da união, saía de um tripé e era saudado por pais e mães de santo. Esse gesto simbolizou a purificação para escola passar.
As cores amarela e dourada predominaram no abre-alas, que destacou Oxum, outra divindade do panteão africano, conhecida por sua ligação com as águas, especialmente as doces, e a beleza, por isso também espelhos ornando toda a estrutura. O carro também trouxe o nome e o símbolo da escola, a arara vermelha, acompanhada de um globo que representa o planeta.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Rainha Carol Castelo e a bateria Explosão da Zona Sul, do mestre Marcigley
A diversidade religiosa ficou evidente com a presença das romeiras de Nossa Senhora representadas pela ala das baianas numa fantasia em cores branca e prata e também pelo primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Victor Hugo e Iza Paiva. Ela representou a santa padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, e ele, o pescador que, segundo a história, encontrou a imagem sacra ao recolher a rede de pesca do rio.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Casal de mestre-sala e porta-bandeira, Hugo e Iza Paiva; ela representou Nossa Senhora e ele, o pescador
Para o setor que se seguiu, o carnavalesco Val Araújo escolheu “os seres vivos e imaginários da água”. Nessa parte, alas simbolizaram o boto rosa; a vitória-régia; a temida piranha; os peixes, os golfinhos e as conchas, além da mitologia grega com Netuno, o Rei dos Mares.
O terceiro carro alegórico da escola teve o azul como cor principal, trazendo ao centro a escultura de Iemanjá, orixá ligada ao mar. Ladeada por esculturas de sereias, a composição buscou simbolizar o encontro das águas como uma potente força natural, seja entre rios ou entre rio e mar.
O quarto setor da escola intitulado “Ciclo da Vida” apresentou alas que falaram sobre a relação da falta de água no sertão e a força de homens e mulheres dessa região que sobrevivem na escassez do bem natural.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Um dos carros alegóricos da Mocidade
O quarto e ultimo carro alegórico também batizado de “Ciclo da Vida” representou a importância da água como fonte de existência e equilíbrio na Terra. Com presença marcante de vários tons de azul, o carro teve como destaque principal o Deus Poseidon e um moinho, que representou o movimento cíclico, além da escultura de dois cavalos marinhos.
Siga o Diário Corumbaense no Instagram. Acesse o link e clique em seguir.
05/03/2025 Em votação acirrada, leitores escolhem desfile da Mocidade da Nova Corumbá como o melhor de 2025
05/03/2025 "Desfiles foram dignos de espetáculos e de respeito ao público", diz presidente da Liesco
04/03/2025 Acadêmicos do Pantanal enalteceu os rios como bênçãos dos Deuses
04/03/2025 Com bateria fazendo "paradona" na avenida, Marquês de Sapucaí homenageou orixá Oxóssi
04/03/2025 Vila Mamona faz reedição do samba que já rendeu título em desfile de superação
04/03/2025 Major Gama encerra noite de desfile com a magia da cultura de Joílson Cruz
04/03/2025 Oxente! Império do Morro faz desfile "arretado" para homenagear o Nordeste, seu povo e sua cultura
03/03/2025 Estação Primeira faz viagem aos carnavais eternizados na memória dos foliões corumbaenses
03/03/2025 Imperatriz abre desfile e traz enredo sobre as religiões de Matriz Africana
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.