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Imperatriz abre desfile e traz enredo sobre as religiões de Matriz Africana

Leonardo Cabral em 03 de Março de 2025

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Imperatriz abriu a noite dos desfiles das agremiações filiadas à Liesco

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Corumbaense, trouxe pela primeira vez para a passarela do samba, um enredo ligado às religiões de Matriz Africana. A agremiação abriu a noite dos desfiles nesta segunda-feira (03), depois da nova ordem de apresentação em consequência da chuva e ventos fortes que atingiram Corumbá no domingo (02), causando avarias nas alegorias de boa parte das entidades carnavalescas.

Mesmo sem valer julgamento oficial (decisão tomada pela maioria das agremiações), o público compareceu em massa, para acompanhar as seis apresentações. Cada escola de samba tem 65 minutos para desfilar e as obrigatoriedades foram mantidas, menos a de uso de sapatilhas. 

Abriu a passarela do samba

Com o enredo “Trazidos do Reino Iorubá, de Esu a Oxalá, em terras brasileiras Imperatriz apresenta o Xirê dos 16 Orixás nossa Motumbá”, a escola representante do bairro Aeroporto, veio com 04 alegorias, 16 alas e 600 componentes. 

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

A escola representante do bairro Aeroporto, veio com 04 alegorias, 16 alas e 600 componentes

Na comissão de frente, que veio com o tripé oferendas do ritual de despachar Esu, representou as Yalorixás iniciando o ritual do Xirê, as componentes usaram saias brancas, batas brancas de renda, pano de costas com gravuras africanas e uma cabeça de baiana de pastilhado branco, com prata, brincos vermelhos e prata e búzios.

O carro abre-alas, retratou o Barracão de Candomblé, templo que no Brasil foi dado o nome fantasia de roça, onde acontecem os rituais de iniciação dos adeptos de matrizes africanas e festas para as divindades de Esu a Oxalá. Também veio com a cadeira branca da Yalorixás Oraide.

A primeira ala, Esu, mostrou os mensageiros dos orixás e da evolução. Logo atrás, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Jackson Uchoa e Carla Uchoa, retratou os iniciados Yaôs, feitura de orixás. Eles, que são irmãos, mostraram muita sincronia e evolução na passarela do samba.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

O rei de bateria, Armindo, veio como Oxaguian

As baianas representaram as mulheres que são responsáveis pela gastronomia africana dedicada aos orixás e responsáveis pelo Ajeum (comida) do grande banquete do rei do Aye Obaluayê e de toda a comunidade.

O segundo carro alegórico, veio representando a festa das Quartinhas de Oxóssy (vaso de Odé), a festa do grande rei de Ketú. Nele, a fantasia O grande filho de Oxóssi Logun Edé, trazendo como destaque Luzia Osório.

A bateria, comandada pelo mestre João Monterisi, que veio como capitão do mato, fez o uso do recuo. Os ritmistas, com a fantasia “Filhos de Oxaguian”, ditaram o ritmo da agremiação, que veio com a rainha de bateria, Bruna Sampaio, como escrava Anastácia, mostrando a resistência em vida e morte.

Bruna veio acompanhada da madrinha mirim - Thaynara, que mostrou a luta pela liberdade. Já o rei de bateria, Armindo, veio como Oxaguian. Ele mostrou muita simpatia e samba na passagem pela avenida, sendo aplaudido pelos foliões.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

O desfile da Imperatriz Corumbaense foi encerrado com o quarto carro alegórico o Reino de Oxalufã, que significa a casa do Orixá mais velho, depois de Olodumaré, o senhor do branco, rei da paz, pai dos pais.

No fundo do carro, um coração que trouxe novamente a representatividade de Esu, para que todos saibam que não há começo sem fim e nem fim sem começo. A presidente da agremiação, Viktória Clemilson Pereira Medina, passou pela passarela do samba bastante junto ao último carro e foi bastante aplaudida pelo público. 

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Galeria: Grêmio Recreativo Escola de Samba Imperatriz Corumbaense 2025

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