Campo Grande News em 03 de Agosto de 2022
Reprodução
Imagens detectadas pelo sistema de monitoramento
As autoridades foram acionadas para conter e o fogo regrediu durante a noite. No entanto, há grandes chances de retornar durante o dia. Ainda que o monitoramento tenha colhido seu primeiro fruto agora, as ocorrências têm sido frequentes desde junho.
O presidente do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo, explica que o sistema de alertas implantado cobre cerca de 1 milhão de hectares do entorno. “Esse foco foi detectado na região conhecida como Palmital, no paredão da Serra do Amolar. Nós acionamos o Ibama Prevfogo e também o Corpo de Bombeiros. Foi a primeira detecção do sistema de alerta e mostrou, claramente, a eficiência desse processo”, explica.
Segundo ele, satélites levariam cerca de três dias para detectar o fogo, mas a tecnologia permite a verificação, em um curto espaço de tempo. “Tenho certeza que fará a diferença nesse trabalho de prevenção e combate ao fogo nessa temporada.”
Sistema
A Pantera foi desenvolvida pela empresa umgrauemeio e “traduz os fundamentos do enfrentamento aos incêndios florestais em soluções de tecnologia”.
Divulgação
Torres que abrigam as câmeras do sistema Pantera
Segundo o cofundador e diretor de Inovabilidade na empresa, Osmar Bambini, após a detecção, a brigada mais próxima é acionada e toda operação passa a ser monitorada. As informações geradas pelo sistema são enviadas para as três regiões contempladas, do Sesc Pantanal, IHP e Brigada Aliança.
A importância dessa tecnologia é detectar de maneira instantânea o foco e facilitar a gestão ampliando a segurança e eficiência das brigadas envolvidas. Além do mais, trazemos as análise de impacto de emissões de CO2 evitadas, por incêndios evitados e podemos mapear também os impactos do fogo na biodiversidade, na saúde humana, na economia e impacto na água”, explica Bambini.
O projeto total nas três regiões possui 11 torres e cobre 2,5 milhões de hectares, começando pelo território da Serra do Amolar, região central do Pantanal sob governança do IHP, que teve mais de 90% de sua rede de proteção afetada pelos mega incêndios de 2020.
O combate aos incêndios acontece também na área monitorada pela Brigada Aliança, de 150 propriedades nas regiões sul e norte do Pantanal e zona de transição, sobretudo em Miranda. Por fim, o sistema do Sesc Pantanal monitora aproximadamente 750 mil hectares. A meta é cobrir áreas críticas e alcançar todo o "arco do fogo".
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