Leonardo Cabral em 23 de Abril de 2022
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Comissão de frente representou príncipes africanos
No primeiro setor, foi apresentada a miscigenação brasileira, mistura de raças, povos e a cultura, incluindo os nordestinos, com a comissão de frente, trazendo os príncipes africanos, que apresentaram coreografias em formações triangulares, circulares e em linhas retas, com predominância em dança de rituais africanos. Eles fizeram uso do atabaque, instrumento do ritual das religiões matrizes africana.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Mestre-sala Eduardo e porta-bandeira Ketilyn, vieram com a fantasia de rei Galanga e rainha Djalô
O primeiro carro alegórico, mostrou a miscigenação do povo brasileiro (brancos, negros e índios) onde não há lugar para o preconceito racial.
No segundo setor, a escola apresentou o preconceito que espalhou-se pelo mundo no decorrer do tempo, com a ala ciganos chegando até a ala indianos. Com os ciganos, a agremiação mostra que durante muito tempo eles foram perseguidos por causa do preconceito, hoje ainda sofrem por falta de conhecimento da população.
Além disso, passou pelos gladiadores e bruxas. Retratou também o preconceito com os idosos, que para muitos, não têm valores, sendo que dois valores importantes são o conhecimento e sabedoria. Outro público foram as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), pois muitos ainda pensam que são incapazes e totalmente dependentes de sua família.
O público LGBTQIA+ também veio levantando a bandeira contra a discriminação e o preconceito por orientação sexual e/ou identidade de gênero foi enquadrada na lei do racismo em 2019 (Lei 7.716/1989, e, por isso, é considerada crime.
Já no terceiro setor, a escola, como propôs, apresentou a cura para o preconceito. A agremiação mostrou que há sim, a cura para esse mal que assola o mundo inteiro, reforçando que é o amor ao próximo, a paz entre os povos, a educação e ensinamentos para as crianças, afinal ninguém nasce preconceituoso.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Rainha Elenina de Paula e a bateria comandada pelo mestre Mário Luciano
À frente da bateria, a rainha Elenina de Paula, esbanjou muita alegria, samba e simpatia na sua passagem pela passarela do samba.
Ao todo, a escola trouxe para a Avenida 550 componentes, divididos em 15 alas.
Além do título oficial, a Marquês de Sapucaí é uma das dez escolas de samba de Corumbá que concorrem à 12ª edição do Esplendor do Samba, premiação paralela realizada pelo jornal Diário Corumbaense para valorizar aqueles que fazem o show no carnaval do município pantaneiro.
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