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Caprichosos retorna com força da onça-pintada para superar desafios e espalhar o amor

Lívia Gaertner em 22 de Abril de 2022

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Carro abre-las com a onça-pintada, símbolo da escola

O desfile das escolas de samba de Corumbá começou no clima do amor, pois o Grêmio Recreativo Escola de Samba Caprichosos de Corumbá trouxe para a avenida o enredo “Quebrando as barreiras do preconceito, a Caprichosos te convida a manter os pés no chão, mas deixe o amor tomar conta do seu coração”.

A agremiação do bairro Dom Bosco que se afastou da competição em 2020 e, devido à pandemia, assim como as demais escolas da cidade, não desfilou, contabilizava dois anos longe da passarela do samba corumbaense.

“Não está sendo fácil, perdemos muitos integrantes, ritmistas nesse período de ausência e pandemia, mas é com muito orgulho que a gente abre o desfile das escolas”, declarou o presidente da entidade, Robson Braz Leite, o Robinho.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Rainha Nanda Ferraz à frente da bateria

A comunidade veio com muita gana, embalada pelos sessenta ritmistas comandados pelo mestre Manoel Thiago. À frente do “coração da escola”, a rainha Nanda Ferraz que surgiu imponente numa fantasia que retratou a onça-pintada, símbolo da escola, e felino feroz na defesa dos filhotes, retratando o amor de mãe.

No carro abre-alas, além da onça-pintada, um dos casais mais apaixonados da Literatura Brasileira, Peri e Ceci, cujo indígena foi encarnado pelo professor universitário do curso de Letras, Dario.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Breno e Keithielly simbolizaram o sol e a lua

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Breno Vitor Salvatierra dos Santos e Keithielly Valdonado Balejo usou fantasias que simbolizavam o sol e a lua. A lenda conta que os corpos celestes se enamoraram, entretanto, nunca se encontravam.

O carnavalesco Manoel do Amaral, que estreou na passarela do samba esse ano, escolheu a orixá Oxum, deusa africana das águas doces e fertilidade, para a ala das baianas que vieram na cor dourada. Por ser protetora da água doce, a orixá demonstra seu amor pela humanidade, ao abençoar o líquido que sacia a sede da humanidade.

Referências ao amor como cupido, corações estiveram presentes em alas, além de mundo contemporâneo onde a tecnologia acaba unindo casais pela rede mundial de computadores.

O que vimos foi um desfile de muita garra, esforço da comunidade no retorno. As alas vieram com um número reduzido de componentes, inclusive a das baianas, entretanto, as fantasias mostraram diversidade de cores e adereços.

O desfile terminou com a bateria saindo do recuo e levando a escola até à dispersão com o refrão do samba que dizia: “De azul vermelho e branco/Eu sou paz e amor/Vou extravasar minha alegria/Caprichando eu vou, de braços/Dados com a folia”.


Além do título oficial, a Caprichosos de Corumbá é uma das dez escolas de samba de Corumbá que  concorrem à 12ª edição do Esplendor do Samba, premiação paralela realizada pelo jornal Diário Corumbaense para valorizar aqueles que fazem o show no carnaval do município pantaneiro. 


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