Campo Grande News em 04 de Junho de 2015
Conforme o presidente da Fetems, Roberto Magno Botarelli Cesar, 14 sindicatos votaram pela manutenção da greve, a ACP/Sindicato de Campo Grande, além das entidades de Amambai, Anastácio, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Batayporã, Caarapó, Corguinho, Deodápolis, Dourados, Dois Irmãos do Buriti, Miranda, Nova Andradina e Três Lagoas. Apenas o sindicato de Nioque não informou sua posição.
Os professores e funcionários administrativos aceitaram a proposta apresentada na Audiência de Conciliação no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que aconteceu na manhã de terça-feira (02). Com a votação, a direção da Fetems vai encaminhar a posição ao Tribunal comunicando o fim da paralisação.
Na tarde de terça, também houve uma reunião com o Governo, e a categoria conseguiu negociar que o ponto dos grevistas não será cortado, ficando o compromisso de os professores e administrativos reporem as aulas, conforme o calendário escolar de cada unidade.
Vejam abaixo os sete pontos apresentados no Termo de Conciliação do TJ/MS, que foram avaliados pelos trabalhadores em educação para por fim à greve.
1 - Repasse do reajuste anual do piso nacional dos professores, a cada mês de janeiro, mais 4,37% em outubro, até 2021, para professores de 20h semanais (nível 1, classe A). Assim, eles receberão 100% do piso nacional a partir de 2021, dobrando o valor do piso de 40h;
2 – Discutir a antecipação da data base dos funcionários administrativos da educação, do mês de maio para janeiro, em conjunto com as demais entidades sindicais;
3 – Pagamento da diferença da hora-atividade de 2013 (quando os professores deveriam cumprir 33% e cumpriram somente 25%), a partir de janeiro de 2016, somente para professores que estavam em sala de aula naquele ano;
4 – Prorrogação do concurso público do magistério (finaliza no próximo dia 13 de junho);
5 – Convocação de 500 professores aprovados no último concurso em julho e mais 500, em janeiro de 2016;
6 – Garantir que o funcionário administrativo, com nível superior, possa ser eleito diretor deescola;
7 – Permitir que as escolas de tempo integral realizem eleições diretas para diretor.
Outro ponto importante discutido durante a assembleia com cerca de 300 profissionais, foi a decisão da Fetems em recorrer à Justiça para ter o reajuste salarial dos funcionários administrativos da educação. A diretora de relações internacionais da (CNTE) Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Fatíma Silva, também participou da assembleia.
Adesão
Levantamento feito pelo governo do Estado apontou que apenas 37% dos professores do interior estavam em greve. Na Capital, o número é maior, cerca de 65% dos trabalhadores aderiram à paralisação, que chegou na quarta-feira (03), ao oitavo dia. Já a Fetems, disse que a adesão foi de 80%.
De acordo com a assessoria do governo do Estado, no interior 118 escolas funcionaram normalmente, cerca de 40% do total; 89 escolas pararam as atividades, e em outras 69, a paralisação foi parcial. Também teriam 19 estabelecimentos de ensino que estariam decidindo a adesão e não informaram a situação.
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