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Após quase sete meses de prisão, TJ concede habeas corpus a prefeito cassado de Ladário

Rosana Nunes em 24 de Junho de 2019

Anderson Gallo/Arquivo Diário Corumbaense

Carlos Ruso teve o mandato cassado em 1º de abril e agora vai deixar a prisão

Em sessão na tarde desta segunda-feira (24), a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, concedeu por unanimidade (3 votos) habeas corpus ao ex-prefeito de Ladário, Carlos Anibal Ruso (PSDB), preso desde 26 de novembro de 2018 durante investigações sobre um esquema de “mensalinho” para garantir apoio de vereadores à gestão dele. 

Ao Diário Corumbaense, o advogado Ricardo Souza Pereira, disse que Ruso deve deixar o Centro de Triagem Anízio Lima, em Campo Grande, até esta terça-feira (25). "É que agora segue todo o trâmite de soltura", afirmou. Carlos Ruso teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores no dia 1º de abril. "Argumentei no pedido que com a cassação, ele não tem mais como, supostamente, influenciar nas investigações", explicou o advogado. 

A decisão do TJMS prevê medidas cautelares para garantir a liberdade do ex-prefeito: proibição de se ausentar da cidade por mais de 8 dias sem autorização judicial; fica proibido de sair do País; de falar com testemunhas ou outras partes do processo e o comparecimento uma vez por mês no cartório judicial e assinar um termo de frequência. 

Jornal Pérola News

Ex-vereador André Casfaro

Nesta tarde, o Tribunal de Justiça também concedeu habeas corpus aos ex-vereadores Osvalmir Nunes da Silva, o Baguá, e André Franco Caffaro, conhecido como Dedé. 

Os processos dos três políticos já cassados seguem em segredo de Justiça. Permanecem presos Agnaldo dos Santos Silva Junior (PTB); Augusto de Campos (MDB), o "Gugu" e Paulo Rogério Feliciano Barbosa (PMN). A pastora Lilia Maria Villalva de Moraes (MDB), segue em prisão domiciliar. Outro que pode ter a liberdade decretada é o ex-secretário de Educação e Administração, Helder Botelho. 

Mensalinho

O caso "Mensalinho" foi desarticulado pelo Ministério Público e Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em 26 de novembro de 2018. 

A investigação do Gaeco e do MPE apontou que para ter apoio político, Ruso pagava valores mensais ao grupo que variavam entre R$ 1,5 mil e R$ 3,5 mil. O esquema acontecia há mais de um ano. Indicação de cargos na Secretaria de Educação, pelos vereadores acusados, também fazia parte do "acordo" e quem cuidava da nomeação era o então secretário de Educação, Helder Botelho. Os parlamentares ainda teriam barrado uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que averiguava denúncias de irregularidades na Saúde.

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