Campo Grande News em 10 de Maio de 2016
A segunda fase da operação Lama Asfáltica, deflagrada nesta terça-feira (dia 10) pela PF (Polícia Federal) prendeu empresários, político e servidores. A lista de presos é formada por:
- João Alberto Krampe Amorim dos Santos (dono da Proteco Construções Ltda),
- Elza Cristina Araújo dos Santos (secretária e sócia de Amorim),
- Renata Amorim Agnoletto (filha de João Amorim)
- Ana Paula Amorim Dolzan (filha de João Amorim),
- Ana Lúcia Amorim (filha de João Amorim),
- Edson Giroto (ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal),
- Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto (esposa do ex-secretário),
- Wilson Roberto Mariano de Oliveira - Beto Mariano -(servidor),
- Mariane Mariano de Oliveira (filha de Wilson Mariano),
- Ana Cristina Pereira da Silva,
- André Luiz Cance (ex-secretário adjunto da Secretaria Estadual de Fazenda),
- Flávio Henrique Garcia (empresário),
- Evaldo Furrer Matos,
- Maria Vilma Casanova e
- Hélio Yudi Komiyama (servidor)
As prisões têm validade de cinco dias e podem ser prorrogadas ou transformadas em preventiva. Conforme a Polícia Federal, a superintendência não tem capacidade para abrigar os presos, que serão distribuídos para o sistema penitenciário estadual.
Nesta segunda fase, batizada de Fazendas de Lama, foram 28 mandados de busca e apreensão, além de 24 mandados de sequestro de bens de investigados. Os mandados são cumpridos em Campo Grande, Rio Negro, Curitiba (PR), Maringá (PR) Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP).
Na Capital, um equipe da PF foi ao apartamento do ex-governador André Puccinello (PMDB). Outra equipe fechou a Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura), no Parque dos Poderes, em Campo Grande.
Nesta nova etapa, a Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal apuram indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro, inclusive decorrentes de desvio de recursos públicos federais e provenientes de corrupção passiva. O esquema inclui utilização de mecanismos para ocultação de valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie. São investigados contratos com valor acima de R$ 2 bilhões.
Conforme a polícia, o nome Fazendas de Lama é referente à aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro. São investigados contratos com valor acima de R$ 2 bilhões.
A primeira fase da Lama Asfáltica foi realizada em 9 de julho de 2015. Na época, fiscalizações realizadas pela CGU revelaram prejuízo de aproximadamente R$ 11 milhões em obras.
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