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Puccinelli reclama da "pecha de ladrão" e fala em desistir da política

Campo Grande News em 10 de Maio de 2016

Marcos Ermínio/Campo Grande News

Ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), ao chegar na sede da Polícia Federal, em Campo Grande

Reiterando o que sempre fala a respeito de uma possível candidatura, o ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), afirmou que não será candidato a prefeito. A declaração foi dada por ele na Superintendência da Polícia Federal, em Campo Grande, nesta terça-feira (10), quando ele também disse que hoje não compensa ser “agente político”, pois a pessoa fica com “pecha de ladrão”.

“Já havia decidido não ser candidato. Disse que não seria candidato a senador, não fui, eu digo que não serei candidato a prefeito e não serei”, disse, ao ser questionado se o fato de ter a casa alvo de busca e apreensão na segunda fase da Operação Lama Asfáltica, atrapalharia seus futuros projetos na política. Mais cedo, ele disse que recebeu os policiais federais em "trajes íntimos" e que é bom que a Polícia investigue, embora defenda sua inocência.

Disse, ainda, que hoje em dia não compensa ser político e acabar pegando fama de “ladrão”. “Hoje dia não compensa ser agente político, porque você não rouba e fica com pecha de ladrão, o povo não te respeita mais. Um adversário acha que pode xingar e te xingam na frente da filha, do neto e eles ouvem”, disse ressaltando a não candidatura neste ano. Embora questionado em todas as agendas públicas e almejado pelos correligionários de seu partido, o PMDB, André Puccinelli afirma sempre que não será candidato a prefeito.

Nesta manhã, a Polícia Federal fez busca e apreendeu documentos, cujo conteúdo não foi revelado pelo ex-governador. Informações como esta e outras sobre os 15 mandados de prisão são repassadas agora pela PF, em uma entrevista coletiva à imprensa.

2ª fase

Ao todo, são 28 mandados de busca e apreensão, além de 24 mandados de sequestro de bens de investigados. Os mandados são cumpridos em Campo Grande, Rio Negro, Curitiba (PR), Maringá (PR) Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP).

Conforme a polícia, Fazendas de Lama, nome referente à esta fase, é sobre a aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

 

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