Agência Brasil em 27 de Novembro de 2015
Os advogados de defesa do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) estudam apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de habeas corpus para liberação do parlamentar. A assessoria do senador informou à Agência Brasil que a defesa ainda não definiu um prazo para entrar com o habeas corpus pedindo que o senador seja solto, e que, neste momento, os advogados estão “estudando o processo e suas peças para discutirem com o cliente o melhor momento para apresentar o pedido”. Com isso, a expectativa é que o senador passe o fim de semana na superintendência, onde deverá receber a visita da esposa Maika do Amaral Gomez.
O senador está detido em uma sala administrativa adaptada da superintendência desde quarta-feira (25), por determinação do STF. A Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou o pedido de prisão, diz que o senador tentou atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato ao tentar dissuadir o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró de firmar um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal. Em gravações, o senador ofereceu R$ 50 mil mensais para a família de Cerveró e um plano de fuga para que ele deixasse o país pelo Paraguai em direção à Espanha. O ex-diretor está preso em Curitiba.
Depoimento
Em depoimento prestado ontem (26), na Superintendência da PF, Delcídio do Amaral negou ter tentado obstruir as investigações da Operação Lava Jato. A oitiva durou quase quatro horas e, segundo a defesa do senador, ele respondeu a todas as perguntas e esclareceu o episódio no qual é acusado de obstruir a Justiça.
“Ele não tentou obstruir a investigação. Foi tudo esclarecido no depoimento que ele prestou”, disse o advogado Maurício Leite, durante entrevista a jornalistas que aguardavam o resultado do depoimento.
O depoimento foi conduzido pelo delegado Thiago De Lamare, que atua na força-tarefa da Lava Jato, e foi acompanhado por dois procuradores da República e dois advogados do senador. Durante o depoimento, o delegado mostrou as gravações feitas pelo filho de Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, que serviram de embasamento para o pedido de prisão do parlamentar.
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