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Delcídio nega ter procurado ministro do STF para falar sobre Cerveró

G1/Brasília em 27 de Novembro de 2015

Reprodução/TV Globo

Delcídio do Amaral na PF

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) disse em depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (26) que queria a soltura do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró por "questões humantárias". Cerveró está preso no Paraná pela Operação Lava Jato. A GloboNews teve acesso ao depoimento dado por Delcídio aos policiais. 

O senador foi preso na quarta-feira (25), em Brasília, sob a acusação de estar atrapalhando as investigações da Lava Jato. Uma gravação de conversa entre Delcídio e Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras, serviu de base para a Procuradoria-Geral da República pedir a prisão.

Na gravação, Delcídio fala que vai procurar políticos e ministros do STF para tentar influir no caso de Cerveró. A conversa mostra também que o senador oferece R$ 50 mil mensais para a família do ex-diretor em troca de Cerveró não citar Delcídio em depoimento de delação premiada. Além disso, o senador oferece uma rota de fuga para Cerveró, que passaria pelo Paraguai até chegar à Espanha.

Perguntado pelos policiais se tinha algum interesse na soltura de Cerveró, Delcídio respondeu que sim, substancialmente por motivos pessoais, por conhecer a familia e ter trabalhado com Cerveró. O senador afirma que presumia o sofrimento a que, na opinião dele, vem sendo submetido Cerveró,  e que, por isso queria a soltura por questões humanitárias

No depoimento aos policiais, Delcídio, que já ocupou cargo executivo na Petrobras, disse que conhece Cerveró desse período. Ele também afirmou que foi consultado pela então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, sobre uma possível indicação de Cerveró para a área internacional da estatal. Ele afirmou que se manifestou favoralmente à nomeação, por já conhecer o trabalho do ex-diretor.

O senador ainda afirmou que não procurou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tratar sobre o caso de Cerveró. Ele relatou que tinha dito ao filho do ex-diretor, para confortá-lo, que procuraria os ministros, mas não fez isso porque, segundo Delcídio, seria infrutífero.

 

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