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O que é do povo, é do povo

Da Redação em 03 de Outubro de 2017

A inauguração de um centro comercial popular em Corumbá, quatro anos depois do fechamento da feira Brasbol, põe fim a uma velha polêmica gerada a partir da proibição de comerciantes brasileiros e bolivianos de trabalharem no local que ficava atrás do cemitério Santa Cruz. Era um aglomerado onde se vendia o que podia e o que não podia, é certo, mas era também sinal claro de que a fiscalização não funcionava.

É cultural

No Brasil, aquilo que o poder público não consegue conter, proíbe, fecha, é bem típico isso, mas infelizmente não funciona, de nada adianta porque aquilo que é certo acaba sendo prejudicado e o que é errado continua, só muda de lugar.

Bom exemplo

Foi esse fechamento da feirinha. Quem vendia produtos proibidos de serem comercializados no Brasil continuou vendendo, nas feiras livres, nas calçadas, em “portinhas”, ou seja, foi só para inglês ver e para criar um problemão para os comerciantes legalizados que se organizaram e agora voltaram a ter um lugar para trabalhar com dignidade.

Enquanto isso

Munição, armas, bebidas e até drogas continuam entrando pela fronteira e sendo vendidos no município. É triste, mas é verdade e pior que nenhum tipo de fiscalização consegue conter esse comércio que é extremamente nocivo para a sociedade.

Além, é claro

Dos produtos estrangeiros que entram no país sem o devido recolhimento de impostos para comercialização, e dos produtos brasileiros, vendidos para exportação isentos de impostos e que não podem retornar para o território nacional. A maior parte desses produtos é roupas produzidas em São Paulo e Goiás que acabam sendo oferecidas para o consumidor por menos da metade do valor praticado nas lojas estabelecidas do comércio.

Na contramão

Contrariando as informações de que o comércio clandestino, ou que se dizia clandestino, oferecia concorrência desleal ao comércio local, vem a perspectiva de vendas de R$ 4 milhões em presentes do dia das crianças. As estimativas da Fecomércio têm se consolidado e mostrado que os lojistas vêm alcançando bom volume de vendas nas datas comemorativas.

Até porque

Quem quer comprar dos bolivianos atravessa a fronteira e compra lá do outro lado, ou mesmo vai às feiras livres e compra nas barracas ou nos montes. Ou seja, ao que parece, tem espaço pra todo mundo e para todos os bolsos.