Campo Grande News em 23 de Novembro de 2022
Marcos Maluf/Campo Grande News
Autor foi preso em flagrante na manhã de terça-feira e passou por audiência de custódia nesta quarta
O caso aconteceu entre a noite de segunda-feira (21) e a madrugada de terça-feira (22), no bairro Almeida Lima, região do Jardim Zé Pereira, em Campo Grande. O autor foi preso em flagrante.
A polícia foi acionada pela mãe da vítima que contou que o autor teria aberto o short da menina e tocou em suas partes íntimas. Em seguida, o homem tirou a roupa e forçou a menina a masturbá-lo, ejaculando na mão da adolescente.
A menina então saiu do local assustada e contou tudo o que aconteceu para a mãe que foi confrontar o autor, momento em que ele disse não se lembrar de nada pois “estava incorporado”.
Durante o depoimento, o homem, que é pintor de construção, contou que atua como pai de santo e que foi incorporado por entidade. Ele disse ainda que a adolescente reclamou de dores nos ombros e nas pernas, por isso deu início à sessão que consiste na transferência de energia.
Afirmou ainda que tocar nas partes do corpo da pessoa que está em sessão é um processo comum, no entanto, alegou que não se lembra de ter ejaculado, tocado na vítima e nem ter sido masturbado por ela.
O homem passou por audiência de custódia nesta quarta e teve então a prisão preventiva decretada. O caso é investigado pela DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) e há suspeita de que o autor tenha abusado de outras vítimas.
Repúdio
A Federação das Religiões de Povos de Terreiro de Mato Grosso do Sul, Ajô Nilê, em nota de repúdio, informou que o acusado não é filiado à instituição e “tampouco sabe-se se o mesmo é realmente Sacerdote de Umbanda, uma vez que tanto a religião de Umbanda, quanto seus adeptos, jamais cometeriam uma atrocidade desta monta”.
Além disso, ao contrário do que alegou o abusador, atos sexuais não fazem parte do rito praticado na Umbanda, sendo que Caboclos, Pretos Velhos, Exus, e demais espíritos que se manifestam na seara Umbandista jamais “praticariam um ato tão sórdido”.
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