Com bloqueios na BR-262, motoristas de Corumbá fazem filas para abastecer

Com receio de faltar combustível por causa do bloqueio da BR-262, no Posto Lampião Aceso, em Corumbá, postos de combustíveis registram um grande movimento nesta segunda-feira (31). 

Desde a noite de domingo (30), caminhoneiros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que perdeu a eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bloquearam trechos de estradas federais e estaduais em Mato Grosso do Sul e em outros Estados.  

No Lampião Aceso, o bloqueio começou no final da manhã, e, além de caminhoneiros, apoiadores de outros setores também participam do protesto contra a eleição de Lula. Outro ponto de bloqueio na BR-262, é em Terenos, próximo a Campo Grande. 

Ao Diário Corumbaense, o gerente do Posto Falastin's, Rodrigo Arévalo, disse que já não tem  gasolina comum, só etanol e gasolina aditivada. "Hoje era dia de chegar o caminhão para o abastecimento de nossas bombas, mas tem bloqueio na estrada e ele voltou para Campo Grande. Nós fazemos a reposição quatro vezes na semana, se a estrada continuar bloqueada, vamos ter desabastecimento, infelizmente", afirmou Rodrigo. 

Há pelo menos 20 pontos com manifestações em Mato Grosso do Sul, de acordo com o Campo Grande News. No entanto, A PRF (Polícia Rodoviária Federal) acionou a AGU (Advocacia-Geral da União) para que garanta na Justiça a livre circulação nas vias.

Isolamento via terrestre

Desde o bloqueio no Lampião Aceso, Corumbá está isolada via terrestre. É que a fronteira com a Bolívia também está fechada. Há dez dias, Comitês Cívicos do departamento (Estado) de Santa Cruz de la Sierra, fazem greve geral para exigir a realização do Censo Demográfico em 2023 e não 2024 como prevê o governo federal. 

Como consequência, o tráfego de veículos na fronteira da Bolívia com Corumbá está impedido desde 22 de outubro e sem previsão de desbloqueio.