Leonardo Cabral em 08 de Outubro de 2022
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Alex fazendo live e chamando amigos para participar da caminhada
Cerca de 1.200 camisetas foram confeccionadas pela Rede Feminina de Combate ao Câncer, responsável pelo evento. Os recursos arrecadados ajudam na manutenção da Casa Rosa, que atende pacientes com cestas básicas, lanches, suplemento alimentar, atividades diversas e assistência psicológica.
Antes da descida para a área central, os participantes - homens, mulheres, crianças e idosos -, participaram de um alongamento com aula de RitBox. Nem mesmo o sol forte que predomina na região, desanimou a galera.
Junto com a família, Elizabeth Martins Macena de Britto, 65 anos, faz questão de estar presente na caminhada. Para ela, é um momento especial e que representa a vida.
“Consegui recuperar a minha vida e hoje faço parte da Rede Feminina, sou voluntária, participo dos eventos e o que eu puder fazer, eu faço. Fui muito bem atendida aqui, nada mais justo que retribuir todo esse carinho e acolhimento que tive ao longo do meu tratamento. Hoje, estou curada, mas sei que muitas pessoas precisam de apoio, por isso, sempre estou aqui”, falou.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Melinda juntou moedas e, junto com a avó, entregou o cofrinho para ajudar a Casa Rosa
Sabina Acosta da Costa, presidente da Rede Feminina, disse que o evento é o ponto alto da programação do Outubro Rosa que tem seu retorno após dois anos. Ela frisa que o a atividade tem como principal foco chamar a atenção da população para a luta contra a doença.
“Por muitas vezes se passa na cabeça das pessoas que, se diagnosticada, ela vai morrer. Não é esse pensamento que eles têm que ter, mas sim, saber que o câncer tem cura e as chances são maiores se a doença é diagnosticada no início, por isso, a prevenção é muito importante. Com a caminhada, reforçamos isso e aproveitamos o centro lotado para que as pessoas nos ouçam. A gente se diverte, mas também levamos essa bandeira da conscientização e prevenção”, mencionou Sabina ao Diário Corumbaense.
Uma das fundadoras da Rede Feminina em Corumbá, Lídia Aguilar Leite, que hoje é vice-presidente, também enfatizou a caminhada como um dos pontos mais importantes do mês de conscientização.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Participantes da caminhada na rua Frei Mariano, centro comercial de Corumbá
Para a secretária de Saúde de Corumbá, Beatriz Assad, também participou e comentou a importância da iniciativa. “Representa muito. Lembra que a gente precisa se cuidar todos os dias, a prevenção é a cura. Então, essa movimentação faz a gente despertar para lembrar que as mulheres precisam se cuidar sempre”, frisou.
Homenagem à avó
Há 10 anos participando da Caminhada do Outubro Rosa, o professor de educação física, Alex Pereira Correa, de 35 anos, contou ao Diário Corumbaense que faz questão de estar presente porque é uma maneira de homenagear a avó, que perdeu a batalha para o câncer e incentivar o tratamento precoce.
“Minha avó morreu de câncer, com o passar do tempo fui convidado em Campo Grande para fazer parte da Rede Feminina, gostei, abracei a causa, conheci pessoas maravilhosas que lutam contra a doença. Ali vivenciei muita coisa, realmente tocou meu coração e, a partir daquele momento, resolvi fazer parte e abraçar a causa também e estar aqui, em Corumbá, é uma forma de lembrar a minha avó”, disse Alex.
Ele também mencionou que faz questão de envolver mais pessoas no Outubro Rosa. “Sou um dos primeiros a comprar a camiseta todos os anos, é como um compromisso. Há 10 anos faço parte, e sempre procuro envolver os amigos, faço eles comprarem as camisetas. Quanto mais cedo diagnosticar a doença, mais cedo o tratamento começa e as chances de cura são maiores”, completou.
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