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Nos pênaltis, equipe de Corumbá carimba passaporte para etapa nacional das Olimpíadas das Apaes

Leonardo Cabral em 03 de Agosto de 2022

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Equipe de futsal society da Apae de Corumbá venceu nos pênaltis o time de Antônio João

Os atletas de futebol society, da Apae de Corumbá, carimbaram o passaporte para a  XXIII Olimpíadas Especiais das Apaes – Edição Nacional, em Aracaju/Sergipe, de 05 a 10 de dezembro deste ano. Eles venceram a seletiva estadual ao derrotarem a equipe de Antônio João.

Num jogo bastante disputado, nesta quarta-feira, 03 de agosto, no campo de futebol do Complexo do Poliesportivo, da Avenida Porto Carrero, os atletas corumbaenses entraram em campo determinados. Nem mesmo o sol forte, característico da região pantaneira, prejudicou o desempenho dos atletas. Os adversários sentiram um pouco, mas também jogaram com raça.

Nos 20 primeiros minutos, sendo 10 minutos para cada intervalo de tempo, as equipes se mantiveram equilibradas, com 4 gols para cada lado. Depois do apito final, a decisão foi para os pênaltis. 

Com três cobranças para cada lado, Corumbá não desperdiçou e balançou a rede da equipe adversária.  Antônio João errou um pênalti, deixando a vaga da etapa nacional escapar. 

Realizar sonho

Depois da última cobrança, que deu o título e a vaga na etapa nacional para Corumbá, os atletas comemoraram muito com os professores e familiares. 

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Joelson Silvino de Carvalho, de 45 anos, diz que vai realizar sonho ao conhecer a praia, em Aracaju

Joelson Silvino de Carvalho, de 45 anos, que tem deficiência intelectual, era só felicidade pela vitória e porque sabe que está prestes a realizar um dos seus sonhos. “Eu estou muito feliz, porque ganhamos e agora vou poder conhecer o mar. Nós vamos para a praia, vou para Aracaju”, gritou Joelson, que fez um dos gols de pênalti.  

Inclusão

Para a professora e técnica da equipe, Joice Olsen de Matos, a primeira etapa foi cumprida. Agora é focar na etapa nacional. Mas ela disse estar muito feliz com o resultado alcançado junto aos atletas.

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Joice Olsen de Matos, técnica da equipe, era só alegria

“Gratidão enorme, pois muitas pessoas pensam que eles não são capazes. Eles vão além do que a gente imagina, aprendemos com eles cada dia mais, eles mostram que são capazes de superar seus limites, através do esporte, da educação, isso é primordial. Antes deles entrarem em campo, conversei com todos e disse que, independente de ganharem ou perderem, eles estariam aqui se socializando com os outros atletas. Mas a vitória veio”, mencionou Joice ao Diário Corumbaense.  

Até sexta-feira, dia 05, os atletas competem nas mais diferentes modalidades: Atletismo, Futebol de Salão, Futebol  Society,  Handebol, Natação, Tênis de Mesa e Bocha. O diretor-presidente da Fundação de Esporte de Corumbá, Luciano da Silva Oliveira, destacou a importância da realização do evento na cidade.

“Receber esse evento é de uma imensa alegria e satisfação. Importante estarmos sediando essa etapa do Estadual. É a primeira vez que sediamos e daqui vão sair os campeões que irão para Aracaju, como o caso dos atletas de futebol society. Além do esporte, aqui temos a inclusão, que é fundamental, os atletas são protagonistas desse evento, junto com suas famílias que vêm com eles e dão total apoio. O esporte salva vidas”, pontuou Luciano.

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Atletas da Apae Corumbá festejando a vaga para a etapa nacional

Para Rafael Arnaldo Júnior, coordenador estadual de educação física desporto e lazer da Federação das Apaes de Mato Groso do Sul, ter Corumbá como sede das Olimpíadas Especiais das Apaes – Edição Estadual, é motivo para celebrar.

“Planejamos tudo certinho para que Corumbá fosse a sede. Aqui, como em qualquer outra cidade, temos pessoas capazes de representar, fomentar, para mostrar os talentos escondidos, espalhados pela cidade, independente da deficiência da pessoa, temos modalidades desportivas que o atleta consegue participar. Aí é que entra a inclusão. Muitas vezes somos falhos, vemos pessoa com deficiência e prendemos ela a essa deficiência e não à potencialidade que a pessoa tem”, destacou.

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