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Exames descartam suspeita de varíola dos macacos em adolescente internado em Corumbá

Rosana Nunes em 10 de Junho de 2022

A Secretaria de Saúde de Corumbá informou, por meio de nota, no começo da noite desta sexta-feira (10), que exames laboratoriais de adolescente internado na Santa Casa de Corumbá, deram negativo para Monkeypox (varíola dos macacos). O resultado foi informado hoje pelo laboratório responsável. 

O garoto, de nacionalidade boliviana, foi internado no dia 30 de maio e permanece no hospital, acompanhado pela mãe. Segundo a pasta, ele está lúcido, colaborativo e em ventilação ambiente. As principais suspeitas infecciosas foram descartadas com a realização de exames diferenciais, por isso a suspeita clínica atual é a farmacodermia, uma reação alérgica grave ao medicamento carbamazepina.

O adolescente esteve no dia 26 de abril, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde passou por uma consulta com um médico neurologista. O paciente fez uso do medicamento carbamazepina e, após quatro dias da troca de marca do medicamento, começaram as lesões avermelhadas/arroxeadas e lesões nos membros superiores evoluindo com disseminação para tronco e membros inferiores acometendo a boca e a região genital. Outras lesões inflamadas foram detectadas no couro cabeludo e tórax, além de febre (38,5ºC), ínguas na cervical, axilar e virilha. 

Inicialmente, a Saúde Estadual divulgou que o garoto tem 16 anos; já a Santa Casa, informou a idade de 15 anos. 

Primeiro caso confirmado em São Paulo

No Brasil, São Paulo confirmou ontem (09) o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. O caso se refere a um homem de 41 anos, residente na cidade de São Paulo, com histórico de viagem para Portugal e Espanha. Ele está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista, desde a última segunda-feira (06) e se encontra em bom estado clínico. Todos os contatos desse paciente também estão sendo monitorados.

Outros casos seguem em investigação nos estados de Santa Catarina (2), Rio Grande do Sul (1), Rondônia (2), São Paulo (1), Rio de Janeiro (1), Ceará (1).

A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo/íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, este contato pode se dar por meio de um abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente.

Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

“O Monkeypox causa uma doença mais branda que a varíola (Smallpox), mas em alguns pacientes de risco, como imunossuprimidos e crianças, ela pode se desenvolver de forma mais grave”, afirma a diretora do Laboratório de Virologia do Instituto Butantan, Viviane Botosso, em comunicado no site do instituto.

De acordo com a secretaria, os primeiros sintomas associados à doença são febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De 1 a 3 dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele que podem estar localizadas em mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.

Com informações da Agência Brasil. 

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