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Adolescente com suspeita de varíola dos macacos, pode ter tido reação alérgica a medicamentos, diz Santa Casa

Rosana Nunes em 31 de Maio de 2022

Divulgação

Como medidas de prevenção à doença, o Ministério da Saúde e a SES/MS recomendam uso de máscara facial e lavagem das mãos

A Direção Técnica da Santa Casa de Corumbá, informou, por meio de nota, na tarde desta terça-feira (31), que adolescente de nacionalidade boliviana, de 16 anos, encontra-se "clinicamente estável, isolado e monitorizado em ambiente de terapia intensiva e com conduta terapêutica adequada". 

Ele foi internado na segunda-feira, 30, com suspeita de contaminação pela Monkeypox, popularmente conhecida por “varíola dos macacos". A nota ressalta que, de acordo com o histórico clínico do paciente, bem como as características das lesões, a equipe de profissionais médicos da Santa Casa de Corumbá acredita ser pouco provável a infecção pelo Monkeypox.

"Importante ressaltar que o adolescente foi avaliado tanto por médico infectologista, quanto por médico dermatologista, sendo que é possível que o diagnóstico seja de Síndrome de Dress, reação adversa a medicamentos, ou para caso de Psoríase Pustulosa, doença dermatológica caracterizada por múltiplas lesões de pele. Reiteramos que todas as medidas estão sendo tomadas para elucidar o diagnóstico do paciente", encerra a nota.    

O adolescente esteve no dia 26 de abril, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde passou por uma consulta com um médico neurologista. O paciente fez uso do medicamento carbamazepina e, desde então, relata que após quatro dias da troca de marca do medicamento, iniciou lesões avermelhadas/arroxeadas e lesões nos membros superiores evoluindo com disseminação para tronco e membros inferiores acometendo a boca e a região genital. Outras lesões inflamadas foram detectadas no couro cabeludo e tórax, além de febre (38,5ºC), ínguas na cervical, axilar e virilha. 

A Secretaria de Estado de Saúde solicitou diversos exames para prosseguimento à investigação do caso. E ressaltou que é fundamental a realização de investigação clínica e/ou laboratorial no intuito de descartar as doenças que se enquadram como diagnóstico diferencial, dentre elas, varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, Chikungunya, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou secundária, cancroide, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, molusco contagioso (poxvirus), reação alérgica (como a plantas).    

Sobre a doença 

A Monkeypox (varíola dos macacos) é uma doença causada pelo Monkeypox virus. O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus. Apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatórios do vírus da varíola dos macacos.

Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (p.ex., esquilos) das florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central. O Monkeypox é comumente encontrado na África Central e Ocidental, nos locais de florestas tropicais onde vivem animais que podem carregar o vírus. Pessoas com Monkeypox são ocasionalmente identificadas em países fora da África Central e Ocidental, normalmente relacionados a viagens para regiões onde a varíola dos macacos é endêmica.

Com informações da Secretaria Estadual de Saúde. 

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