Coluna Ampla Visão, com Manoel Afonso em 19 de Junho de 2021
UM
ESPANTO: Artuzzi combinava os 3 fatores citados.
No 1º mandato foi morar nas
‘Moreninhas’. “Facilita, fica no caminho de Dourados ”, dizia. Dois carros em frente da casa atendia
dia/noite a comunidade. Neles, a frase marcante: “Me chama que eu vou” e o
número de seu telefone. Resultado: na reeleição (2006) ele obteve 30.130 votos a mais do que os 6.821 em 2002.
ARTUZZI
fazia política encarando o eleitor. Ia ao seu encontro. Levava os doentes às
unidades de saúde, exigia atendimento e
até chamava a polícia se preciso fosse. Em Dourados, um ônibus de Artuzzi
levava os parentes e amigos do falecido ao cemitério. Ele ainda providenciava
os velórios, levando café, água e lanches. Ora! O eleitor não esquecia esse gesto.
O
MÉRITO de Artuzzi era de assumir a identidade, sem
subterfúgios, com essa parcela do eleitorado. O slogan ‘me chama que eu vou’ era forte do ponto de vista emocional. Ao
contrário de outros políticos após eleitos, Artuzzi continuava com o mesmo
estilo. Daí não chegou a prefeitura de Dourados por acaso - mesmo contra grupos
tradicionais.
O
FINAL: Em 2008 Artuzzi ( 42% dos votos) se elegeu prefeito
de Dourados derrotando Murilo Zauith
(DEM) apoiado pelo governador Puccinelli (MDB) e Wilson Biazoto (PT) ungido
pelo prefeito Laerte Tetila (PT). Vieram
as denúncias; sem equipe de gestão perdeu o cargo e morreu em 2013. A exemplo do
ex-prefeito Alcides Bernal (PP) de Campo Grande, também com carreira meteórica,
Artuzzi não fez grupo e não deixou sucessores na política.
DEPUTADOS
& AÇÕES: Paulo
Corrêa (PSDB); pede prioridade de vacinação aos jornalistas e trabalhadores
de atacadistas/supermercados. Procede! Zé Teixeira (DEM): questiona os custos da terceirização da Secretaria de
Saúde na distribuição de remédios aos municípios ; pede asfaltamento na MS-156
- Itaporã/Panambi. João Henrique
(PL): notifica as prefeituras para envio de lista de vacinados e sugere aos
colegas a CPI de vacinação. Lucas de
Lima (SOL): pede a
reforma/manutenção das pontes de madeira na MS-345 (Bonito/ Águas de Miranda);
quer clínicas de estéticas no grupo
prioritário de vacina anti-Covid. Lídio
Lopes (Patri): Propõe criar o ‘Dia do Delegado de Polícia’; pede viatura e
reforma de quartel da PM em Camapuã; declara de utilidade pública a ‘AADCA’ em Eldorado.
DÓRIA
DANÇOU! As prévias do PSDB serão no dia 21 de
novembro e os critérios defendidos pelo governador paulista rejeitados. Ele
queria que o peso dos filiados sem mandato tivesse valor de 50%, pois São Paulo
detém maior número de eleitores. Foi decidido: o colégio eleitoral tucano será
dividido em 4 grupos iguais, cada um com peso de valor de 25%.
O
COLÉGIO definido: Bloco 1: filiados – bloco 2:
prefeitos e vices - bloco 3: vereadores, deputados estaduais e distritais -
bloco 4: governadores, vices, senadores, deputados federais, presidentes e
ex-presidentes da Executiva. Mas o PSDB pode abrir mão da cabeça de chapa presidencial
para um candidato do centro com mais
chances. O PSDB e suas dubiedades.
DECOLA?
As pesquisas mostram as pálidas chances da 3ª. via. João Amoedo, Ciro Gomes, Mandetta e João
Dória não conversam entre si favorecendo Bolsonaro e Lula. Há 1/3 do eleitorado
que rejeita ambos e que decidirá quem é quem no 2º turno. Covid, economia,
apoio de caciques políticos e auxílio emergencial são fatores que não podem ser
desprezados.
ENTENDE?
Lula é forte, mas seu maior desafio é vencer o
antipetismo. Como reverter a predisposição do eleitor de não aceitar Lula e
Bolsonaro? Será que PT dos anos 80 - de sindicatos de bancários &
metalúrgicos teria identidade com o universo atual de gente vivendo por conta,
sem carteira e fora do corporativismo do serviço público? Pelas pesquisas é 1/3
do eleitorado. É o xis da questão.
ENROLADO: O
termo define a situação do ex-governador Puccinelli (MDB) com seu nome
no noticiário policial. Após o caso escabroso do conselheiro Osmar Jerônimo no Tribunal de Contas, veio a
decisão do STJ mantendo Puccinelli na condição de réu no processo do ‘Coffee Break’. Ele que
adorava holofotes e microfones, continua na ‘muda’. Tá explicado.
AÇÕES
& DEPUTADOS: Neno Razuk (PTB): pede a inclusão dos
bancários no grupo prioritário da vacina anti-Covid e a construção de ‘PS’ no
Hospital Regional de Ponta Porã. Antônio
Vaz (Rep): pede a instalação de Unidade de Saúde em Salobra, distrito de
Miranda. Mara Caseiro (PSDB): quer
instituir Programa Sinal Vermelho em socorro as mulheres; pede placas de
sinalização de ciclistas em trechos da MS-60;
pede cessão de motoniveladora para Juti. Marçal
Filho (PSDB): quer exclusão
parcial de dados pessoais de clientes nas cobranças publicas e privadas. Amarildo Cruz (PT): atento às questões
do Covid – pede obediência aos critérios justos da vacinação.
FLAVIO
MOURA: O filho do saudoso ex-deputado Cabo Almi, bacharel
em Direito e empresário, mantém vivo o seu projeto de tentar uma vaga na Câmara
Federal em 2022. Evidente que a perda da referência maior é sentida, mas ele
demonstra habilidade em manter e fortalecer as relações que elegeram seu pai em
várias eleições. Em frente.
LEI
DA IMPROBIDADE: Passaporte para a impunidade? Matéria delicada
onde a culpabilidade do agente público dependerá da prova de sua má fé, podendo
inclusive penalizar o Ministério Público que fez a denúncia improcedente. A
nova lei beneficiará sobretudo os gestores municipais que praticam irregularidades - mais por falta
de conhecimento do que por má intenção. Será mesmo?
O
ASSUNTO divide políticos, juristas e opinião
pública. A lei atual vigora há 29 anos e
penaliza culpados e inocentes pela rigidez que não diferencia a má fé da
ignorância. Há casos de ex- prefeitos,
após anos, responderem por processos e obrigados a devolverem valores consideráveis corrigidos. Hoje,
pessoas de bem fogem da política com medo dos problemas na justiça.
DEPUTADOS
& AÇÕES: Evander Vendramini (PP): pede
conservação/drenagem da rodovia Forte Coimbra/Corumbá; propõe denominar ‘Padre Pasquale Forin’ o
trecho entre a BR 262 e o distrito de Albuquerque. Capitão Contar (PSL): relator da CPI da Energisa elogia decisão do
TJMS sobre aferição de relógios; pede
inclusão do comercio de alimentos no rol das atividades essenciais nesta
pandemia. José C. Barbosa (DEM):
elogia o início da 2ª. fase de obras do Hospital Regional de Dourados; pede a construção
de duas pontes de concreto nos rio Pardo e Ribeirão das Botas, em Ribas do Rio
Pardo. Gerson Claro (PP):com equilíbrio preside a Comissão de C. Justiça e
Redação; comemora o lançamento de obras
rodoviárias nas regiões que representa.
1-POLE POSITION: Com 10,05%
das intenções de votos em 2.000 consultas em 20 cidades do MS, a ministra
Tereza Cristina (DEM) lidera a pesquisa ao Senado, seguida por Reinaldo Azambuja (PSDB) com 7,20% e
Simone Tebet (MDB) com 6,15%. Pesquisa realizada entre os dias 9 e 12 de junho,
pelo Ranking Pesquisa.
2-POLE
POSITION: Para a presidência da República, na
mesma pesquisa, Bolsonaro lidera com 25,50%, Lula - 20,45%; João Dória - 3,20%;
Mandetta - 2,75%; Ciro Gomes 2,45%; Sergio Moro
2,25%; Luciano Huck – 1,75%; Michel Temer – 1,55%; Amoedo - 1,10%; Eduardo Leite - 1,00%; Boulos
- 0,50%. Brancos, nulos, indecisos, não
responderam 37,50%.
UMA
FESTA! Com o fim do Big Brother a CPI da Covid é a
nova atração na mídia. Esqueçam os escândalos dele. Afinal, “inimigo de meu
inimigo é meu amigo”. O senador Renan Calheiros, de execrado pela esquerda,
agora reina absoluto debaixo dos holofotes. É a figura emblemática da
desesperança da melhora da política.
‘LOCKDOWN’:
Eleita
a palavra de 2020, ela atemoriza a humanidade. Campo Grande vive hoje esse
drama que tem provocado discussões em todos os níveis de governo. A mídia tem
mostrado a situação hospitalar e suas consequências doloridas e mortais que atingem a todos,
independentemente de nível social. Preocupante! Tempos difíceis.