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Merry Christmas!

Coluna English Corner, com Regina Baruki (*) e Naudir Carvalho (*) em 21 de Dezembro de 2020

Em inglês, a palavra ‘Christmas’ é a tradução do nosso ‘Natal’. O termo teve origem em Christemasse, em inglês antigo, ou seja, ‘a missa de Cristo’, quando celebramos o seu nascimento em reuniões familiares e festividades religiosas, com diversos elementos do folclore mundial.

Ainda que estejamos no verão, em nosso hemisfério, muito do que entendemos e assimilamos do Natal vem de uma noção estrangeira, própria do hemisfério norte. Há elementos visuais, como flocos e bonecos de neve, que se remetem ao inverno vivenciado nesses países. As típicas cantigas que adotamos são entoadas durante esse período, por lá: O Holy Night, Jingle Bells e We Wish you a Merry Christmas. Essas cantigas natalinas fazem parte de uma tradição antiga. São chamadas de Christmas Carols, porque comumente se apresentam na companhia de um coro.


Não apenas esses tipos de músicas mais tradicionais povoam o nosso imaginário. O pop também traz a sua leva de canções que, de ano em ano, voltam a ser tocadas diariamente. Mariah Carey tem sido a mais beneficiada, com All I Want for Christmas is you, alcançando posições invejáveis. O vídeo em que ela aparece no Carpool Karaoke, com James Corden, é um show à parte. O grupo Wham!, ao qual pertenceu George Michael, também volta às paradas musicais com Last Christmas, que foi regravada por artistas mais contemporâneas, como Taylor Swift, Miley Cyrus, Carly Rae Jepsen, e Ariana Grande. É facilmente reconhecida, não apenas como um clássico do Natal, mas também do cenário pop. 


Há várias outras músicas que se tocam em dezembro, como Jingle Bell Rock, Rockin’ Around the Christmas Tree, It’s the Most Wonderful Time of the Year, Christmas Wrapping, e Santa Claus is Coming to Town.  Algumas pessoas comentam que já se cansaram de ouvir a versão brasileira, entoada por Simone, de Happy Xmas (War is Over), composta por John Lennon e lançada em 1971. A canção foi um protesto contra a guerra do Vietnam, mas se popularizou como música natalina. Apesar dos gêneros distintos, todas essas canções trazem os mesmos componentes sonoros geralmente relacionados ao Natal: sinos, melodias, corais, guizos...


Em inglês, o bom velhinho é chamado de Santa Claus, em referência a São Nicolau, grego, canonizado pela igreja católica. Atribuem-se a ele muitos milagres. Era uma pessoa muito rica e muito generosa, que doou toda a sua herança às pessoas pobres.


Durante o mês do Natal, também são exibidos filmes tradicionais, tais como o notável clássico de Frank Capra, A Felicidade Não se Compra (It’s a Woderful Life) – longa que foi reprisado à exaustão durante os primeiros anos da televisão e que se tornou reconhecido por gerações. As animações Como o Grich Roubou o Natal (How the Grinch Stole the Christmas) e Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho (Rudolph, the Red-Nosed Reindeer) também são conhecidas adaptações de histórias clássicas infantis. Existem filmes menos usuais para a época, tais como Duro de Matar (Die Hard), filme de ação estrelado por Bruce Willis, situado em uma noite de Natal, e O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas), uma readaptação gótica idealizada por Tim Burton, em que o espírito do Halloween tenta tomar o Natal para si.


As gerações mais novas reconhecem longas como Um Herói de Brinquedo (Jingle All the Way), com Arnold Schwarzenegger, O Conto de Natal dos Muppets (The Muppet Christmas Carol), inspirado pela obra de Charles Dickens, Esqueceram de Mim (Home Alone), com Macaulay Culkin, e produções mais contemporâneas, como Missão Presente de Natal (Operation Christmas Drop), o filme de animação Klaus, e Crônicas de Natal (The Christmas Chronicles). São produções que falam de união, família e muitas vezes proporcionam momentos mais calmos, de escapismo momentâneo.

O Natal é um fenômeno cultural que transcende a sua origem e une as pessoas em um ideal de comunhão e de celebração.


(*) Regina Baruki-Fonseca é professora do Curso de Letras do CPAN. Tem Mestrado em Língua Inglesa pela UFRJ e Doutorado em Educação pela UFMS. 

(*) Naudir Ney Carvalho da Silva é acadêmico do Curso de Letras Português/Inglês do CPAN.