Coluna Ampla Visão, com Manoel Afonso em 13 de Novembro de 2020
INTERROGAÇÃO:
Prefeito, governador e presidente conseguem transferir votos para qualquer
candidato – independente dos predicados exigidos? Vai pesar o ambiente de entusiasmo, confiança
e a questão do bolso. Mas a diferença de prestígio entre o fiador e o candidato
não há de ser grande - a ponto de ensejar comparação instintiva do eleitor. É
como o noivo bonito com a noiva muito feia. Provoca suspeita.
ESQUISITO! Nem sempre o currículo e o apelo do candidato
são suficientes para vencer. O eleitor até que reconhece o bom momento, a boa
gestão do apoiador, mas foca na necessidade de mudança de estilo e das pessoas
no entorno do poder. Resultado de influências vindas da mídia ou da própria
inquietude do homem urbano de hoje.
EMBLEMÁTICO
o pleito municipal de 2012 em Campo Grande.
Alcides Bernal (PP) só com 3 minutos e 1 segundo na TV, venceu Edson
Girotto, apoiado pelo governador Puccinelli e o prefeito Nelson Trad, na
coligação do MDB, PRB, PDT, PTB, PSL, PSC, PR, DEM, PSDC, PRTB, PTC, PSB, PRP,
PPL, PSD, PC do B – com 13 minutos, 26 segundos no horário eleitoral.
EXEMPLOS
não faltam em todas as instâncias e locais.
Pedro Pedrossian nunca elegeu um sucessor; Obama não elegeu Hillary Clynton
(2016); J. Kubitschek não elegeu marechal Lott (1960); Carlos Lacerda não elegeu Flexa Ribeiro
(1965) ao governo da Guanabara; o poderoso George W. Bush não elegeu John
Mccain (2008).
DE
FATO o sistema
eleitoral dos ‘States’ é incompatível com os avanços tecnológicos americanos em
todas áreas. Até países de quilate menor – como o nosso – já adotaram o voto eletrônico, seguro e rápido.
Esse modelo antiquado motivou críticas nas últimas eleições, inclusive nestas
onde a apuração dos votos ainda não foi concluída.
CARIOCAS:
No mato sem cachorro. Após os escândalos e
prisões de tantos figurões da política, o candidato Eduardo Paes (MDB) lidera a
corrida rumo ao 2º turno. O pior é que os outros concorrentes também não
materializam aquele perfil ideal desejado no imaginário popular. Como diz o
ditado popular: “Se não tem tu? Então vai tu mesmo”.
PRETENDENTES: A articulação do apresentador Luciano Huck
abriu a cortina. Quer juntar nomes no chamado centro para enfrentar a esquerda
e a direita. O problema é que o time desejado não tem votos. Em 2018 os 5
candidatos com esse perfil tiveram só 11% dos
votos, inferior a votação de Ciro Gomes. Combinar com o eleitor é preciso.
‘GENEROSO’:
Os gastos (82%) dos candidatos a prefeito da
nossa capital bancados pelo dinheiro do Fundão Eleitoral reascendem a discussão
sobre seus reais benefícios à democracia.
No fundo, esse dinheiro facilita aos caciques partidários a continuidade no
poder e garantindo-lhes a visibilidade para futuras negociações. Sem grandes
ilusões.
PROBLEMÁTICO:
Usa o ‘escudo parlamentar’ e avança o sinal. O deputado federal Loester Truts
(PSL) na mídia mais pelas bobagens do que pelo mérito legislativo. Esses
excessos podem lhe custar caro. É da ‘nova política’? Lembrando Cazuza: “Eu
vejo o futuro repetir o passado. Eu vejo um museu de grandes novidades. O tempo
não para”.
HARFOUCHE: Terá que se contentar apenas com o poderes do
cargo no Ministério Público? O seu sonho de ser candidato a prefeito de Campo
Grande está na UTI. Se a impugnação da
sua candidatura no TRE for confirmada no
TSE e ele não ganhar o direito de participar de eventual 2º turno, seus votos
serão declarados nulos.
A
DECISÃO do
TRE não impede inclusive o candidato impugnado, mas pendente de recurso, de
disputar o 2º turno. No caso dele ser o
vencedor, vai poder ser diplomado e empossado só após a decisão final do processo.
Mas se a candidatura for impugnada no TSE e o candidato tiver sido o mais votado, nova eleição deverá ser
convocada.
NOVIDADES: Pelas normas da Resolução 23.611/2019 do TSE,
os candidatos a vereança “sub judice’ que tiveram seus votos anulados devido a
impugnação no TRE , serão beneficiados pelo recálculo do quociente eleitoral caso
consigam reformar a decisão junto ao TSE e às vezes até com direito a
assumirem vaga na Câmara. Mas esse
processo judicial normalmente é demorado.
ECONÔMICA:
Vários fatores contribuindo para que essa
campanha eleitoral não custar cifras astronômicas. Primeiro as verbas previstas
em lei; segundo a própria crise que forçou os candidatos a pisarem no freio;
terceiro as consequências da pandemia responsáveis, por uma campanha tímida, de
saia justa, sem aqueles eventos de antes.
ELEIÇÕES: Apesar de tão criticadas não podemos e nem sabemos viver sem elas. É neste período que se cria ambiente e motivação para balanço e reflexão do ambiente em que vivemos. Por extensão, sob a mesma ótica, há de aferir a importância do político. Em tese, ele é o elo entre a sociedade e o poder público. Ruim com ele, pior sem ele.
PROPOSTAS:
Nos programas eleitorais e nos debates –
independentemente das suas embalagens – elas chegaram até ao eleitor. Aliás,
foram duas fontes importantes de informações para municiar o eleitor a fim de
que possa fazer sua escolha. O covid, o uso da máscara, o temor, inibiu o contato
tradicional do candidato com o eleitor.
VALE A PENA ! No ato de votar os desejos de uma escola melhor, do asfalto, saúde, segurança, a praça cuidada, ruas iluminadas e um ambiente decente para se viver com a família. A omissão com a questão política representa também o descaso do próprio eleitor com a vida de sua comunidade. Pense nisso e vote!
NA
INTERNET: Saiu a tabela da Terceira Guerra. Por azar
pegamos o grupo só de países ‘comunistas’. Será no mata mata. Na estreia o
Brasil pega os Estados Unidos e se passar para a segunda fase pega o vencedor
de Rússia x China. Haja pólvora!
JOÃO
PAULO II - Estupidez é um presente de Deus. Mas
não se pode abusar.
ROOSEVET - Acredite que você pode. Assim você já estará no meio do caminho.