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Eleições municipais: as prévias de 2022?

Coluna Ampla Visão, com Manoel Afonso em 07 de Agosto de 2020

ENCRUZILHADA: Prefeitos sob o fogo cruzado, notadamente nas médias e grandes cidades. Pergunta é difícil de responder: como satisfazer os interesses de alguns nichos sociais, igrejas, comércio e outras atividades laborais e obedecer  todos os protocolos do combate ao Covid-19?  É difícil aos prefeitos tomarem  decisões que agradem a todos ou a maioria, sem os riscos de propagação da pandemia. Há o fator político; estamos em  ano de eleições; é natural que os reflexos eleitorais  possam ocorrer. Sabe como é...

CENÁRIO:  A oposição política aos prefeitos tenta se aproveitar da situação delicada com propostas  questionáveis. É como se os políticos fossem imunes ao vírus, que tudo não passasse de uma farsa. Às vezes falta-lhes juízo ou conhecimento científico. Aos religiosos o lembrete: só a fé não tem evitado a morte de fiéis, pastores e padres.  A oração em casa não teria o mesmo valor?  E a pergunta da hora: como as igrejas estariam socorrendo a pobreza para amenizar os efeitos da pandemia? De leve...

3º TEMPO?  Pelas postagens radicais nas redes sociais , em muitas cidades e capitais essas eleições podem se transformar na continuação do pleito de 2018. Deduz-se que Bolsonaro deva ser o grande cabo eleitoral embora esteja sem partido e que a questão ideológica pode – excepcionalmente – pesar também em cidades menores. E mais: as eleições municipais podem representar uma prévia das eleições presidenciais de 2022, onde o discurso de combate a corrupção pode ganhar ainda mais força. Questões  de cunho conservador vão se equiparar ao discurso do progresso. Um embate diferente?

DO MÉDICO: “( )...Temerosos de que os tempos do abraço não voltem mais, nos tornamos equilibristas nas escadas rolantes da vida, por puro medo do corrimão, tocado sabe-se lá por quantas mãos...( )...E torcemos que o elevador não venha carregado para não termos de improvisar aquela cara de desculpe, eu não vou subir agora, obrigado. E quando o elevador finalmente chega vazio, ficamos rezando que nenhum inconveniente decida interromper a marcha até o nosso andar...( )...melhor que cada um assuma a sua cota na resignação ao mesmo...( )...Se faltar estímulo, lembre-se: depressão  abaixa  a imunidade e anima o vírus...”  ( dr. J.J. Camargo – Porto Alegre)

NO MIRANTE: Como ficará a metade da população brasileira e a sua economia quando esse auxílio emergencial acabar?  Pressionado, o Planalto deve prorrogar a medida até o final do ano, mas com valor menor. Portanto, tem prazo para acabar. É inegável que o dinheiro pago ajuda na sobrevivência das pessoas mais vulneráveis, fomenta a circulação de riquezas  gerando empregos . Mas a economia do país não terá mudanças espetaculares em 2021. O presidente tem avisado: está no limite fiscal.   

NOVOS TEMPOS:  As empresas seguradoras acabaram por aderir aos novos tempos para facilitar a relação com s clientela. Antes, na assinatura do contrato o cliente tinha a opção de ter à sua disposição o chamado ‘carro reserva’ durante o período em que o seu veículo segurado estivesse na oficina para reparos. Agora – no lugar do carro reserva - o cliente fica credor de usufruir dos serviços do ‘Uber’ durante esse mesmo período. A mudança garante ao cliente a manutenção do benefício  com custo menor à seguradora.

OBRAS & OBRAS:  Só falta um km para a conclusão do asfalto Figueirão-Costa Rica (61 kms) e está em andamento o projeto do asfalto Paraíso-Costa Rica. Só elogios para o asfalto entre os distritos de Palmeiras e Piraputanga. Outros projetos em andamento: alça de acesso do asfalto à ponte da Rota Bioceânica em Porto Murtinho; asfaltamento de Antonio João a Cabeceira do Apara e outro trecho de Cabeceira do Apa a Guia Lopes da Laguna; mini anel em Ponta Porã na ligação através de Maracajú.  Ainda: o projeto ‘Mais Pontes’ já tem 40  delas sob estudo geológico e a ponte no rio Aquidauana entre Corguinhos e Bandeirantes (100 mts de extensão) atende antiga reivindicação.

OS DESCONECTADOS: Assistindo no facebook  ‘ jornalistas medalhões’ da mídia nacional prevendo o resultado das últimas eleições presidenciais, percebe-se que eles estavam fora da realidade. Esquerdopatas, comprometidos com os patrões dependentes de verbas do Planalto  Mas em 2022 pode haver bis. Bolsonaro tem chances de vencer por W.O  pela falta de unidade e discurso da oposição, além do estigma do STF e do Congresso.  A subida do ‘capitão’ nas pesquisas mostra isso e o ‘auxílio emergencial’  seria o golpe de misericórdia na esquerda intelectual  que só sabe fazer barulho.

PASMEM!  Na Globo, Folha, Estadão e UOL principalmente, você não encontra uma notícia positiva sobre o país. É o discurso  do quanto pior melhor, da terra arrasada. O desempenho do agronegócio,  o reerguimento da economia, o fim da corrupção em ministérios e órgãos federais são ignorados. Não há qualquer referência sobre a herança maldita  herdada do legado petista.  Há um dado que deve ser levado em conta: nenhum destes 4 órgãos citados acima não publicaram uma linha sequer  das últimas pesquisas. Sinal que os resultados desagradam seus interesses. Alguma dúvida?

A DESCONECTADA: Dilma Roussef. Sempre ela! Quando menos se espera a ex-presidente (PT) dá o ar da graça.  Pasmem! Agora voltou lendo declaração num vídeo  homenageando  Hugo Chavez, que se vivo comemoraria 66 anos de idade. Alienada da  realidade do país vizinho, ela elogia o ex-ditador  bajulado pelo PT e esquerdistas que  incoerentemente  pregam aqui a liberdade e a democracia. Mas ainda bem: das 55 mil pessoas que assistiram ao vídeo - só 269  a apoiaram.  Seria o caso de se perguntar: E quando o Brasil receberá de volta os milhões de dólares emprestados à Venezuela?

‘INTOCÁVEIS’: O ex-presidente Fernando H Cardoso calou o bico. Sem argumento para  criticar o Governo! Se não bastassem os escândalos do ex-presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG), da denúncia contra Geraldo Alckmin (PSDB-SP)  chegou a vez  do senador José Serra (PSDB-SP) se explicar à justiça.  Foi salvo temporariamente pelo STF amigo, mas isso pesará nestas eleições e em 2022. Afinal o eleitor tem seu próprio entendimento, ao contrário dos juízes que deixam o mérito em segundo planto e se atem às normas processuais para preservar seus ‘compadres’.   Ser inocentado na Justiça  aqui no Brasil é muito fácil. Difícil mesmo é ser absolvido pela opinião pública. Concorda?

A ÚLTIMA  frase (acima) se aplica também ao ex-governador André Puccinelli (MDB) que ainda não explicou publicamente  os motivos que o levaram a prisão, um desgaste pessoal e político avassalador. As suspeitas de eventuais praticas (“Lama Asfáltica & Aquário do Pantanal) de irregularidades que embasaram aquele procedimento das autoridades  permanecem no limbo da opinião pública. Como o MDB anuncia a candidatura a prefeito do deputado Marcio Fernandes, já se especula: como Puccinelli participaria da campanha: na linha de frente ou nos bastidores?  É aguardar.

EXPECTATIVA:  A campanha  não começou oficialmente, mas cada  pré-candidato  já deve ter em sua cidade aos menos um esboço de seu programa - alicerce do discurso de campanha. Alguns postulantes já exibem no facebook  amostras do que querem propor.  Aqui na capital, ao contrário das outras eleições, devido ao Covid-19 e as novas regras eleitorais, estamos em câmera lenta mesmo porque as prioridades são outras: a questão econômica familiar e a vida saudável, longe dos hospitais. Eleições? Ficam pra depois.  

CANETADA’:  O que pretende afinal a mais alta corte do país? Esquece o direito de manifestar a opinião ( sem medo de represália) prevista na Constituição e quer impor a censura ditatorial. Ora! Claro, na democracia o princípio do direito de opinar implica em responsabilidade (civil e criminal) aferida através dos meios legais. Esse bloqueio de contas em redes sociais pelo STF é um retrocesso com argumentos injustificáveis. O STF, no fundo, quer intimidar a todos e se proteger. Preocupa-nos também o silêncio conivente no Senado e Câmara. Onde estão os arautos da liberdade de expressão?

‘POLÊMICA’:  O que há por trás da proposta do ministro Tóffoli (STF) de impor quarentena de 8 anos ao pessoal do Judiciário e Ministério Público para disputar eleições? Não seria uma espécie de cassação dos direitos políticos com a desculpa de aperfeiçoar o regime democrático? Mas a democracia não pressupõe o reconhecimento do direito a todo cidadão de votar e ser votado? E como a parceria  da Câmara  e o STF é notória, o presidente  Rodrigo Maia apoia a tese de Tóffoli. Afinal a  classe política não quer  mais concorrência.  E aí se defende como pode ‘seu pirão primeiro’.  

“Não gosta de ficar em casa? Não vai gostar do hospital. Se houver um pra você...” (Desabafo do radialista Joel Silva, internado com covid-19).