PUBLICIDADE

Delivery

Coluna Coisas da Língua, com Rosangela Villa(*) em 24 de Abril de 2020

Caros leitores

Na edição passada discutimos o significado da expressão drive thru e ressaltamos que certos fatos sociais, políticos, econômicos e até religiosos podem trazer à tona palavras que produzem efeito de sentido coletivo em tempos de catarse nacional. Neste momento de pandemia, outra expressão que vem ganhando, progressivamente, abrangência de uso na comunidade linguística brasileira, é a palavra delivery. O termo é proveniente do inglês e significa entrega, distribuição ou remessa. Essa palavra é um substantivo que tem origem no verbo deliver, que remete para o ato de entregar, transmitir ou distribuir.

Sendo assim, delivery consiste, preliminarmente, no transporte e entrega de cartas ou outros tipos de bens. Dessa forma, não podemos dizer que essa palavra, de origem inglesa, seja totalmente nova, haja vista seu significado corrente ser bastante comum e praticado na sociedade brasileira contemporânea, desde os anos 2000, em substituição à expressão tele-entrega. O vocábulo ganhou repercussão nacional pelo seu conceito de entrega rápida e eficiente em tempos de pandemia da Covid 19, quando a orientação da OMS e do Ministério da Saúde é para ficarmos em casa, e pela diversidade de produtos que, de forma prática, podemos comprar e receber no lar.

O serviço de entrega é utilizado, cada vez mais, por setores como restaurantes, que incluíram a venda de marmita e de marmitex, por supermercados, pizzarias, farmácias, revendedoras de gás e de água, loja de sapatos, de cosméticos, floriculturas e, pasmem, até por loja de automóveis que vem oferecendo trazer carro de Campo Grande a Corumbá, dentre outros. A ação nos remete, ainda, ao exercício domiciliar de manicure, de fisioterapia, de cuidadora e de acompanhante etc.

Hoje, essa prestação de serviço traz até nós, de forma prática, tudo o que precisamos. Assim, no conforto do lar é possível comprar até de outros países que a encomenda chega. Nesse âmbito, recordamos que comprar produtos pela internet é uma prática cada vez mais comum, mesmo antes da pandemia do novo coronavírus, e a entrega, há muito tempo, não é mais exclusiva dos Correios. Com o recente surgimento dos serviços de aplicativos de transporte, passamos a contar com mais essa ferramenta que beneficia os cidadãos que não podem sair de casa, uma vez que os motoristas aceitam fazer entregas. Com toda essa facilidade, você pode receber no seu lar os mais variados produtos de que necessita, então, sair para quê? Fique em casa e se proteja. Até a próxima!

(*) Rosangela Villa é professora associada da UFMS e colaboradora do Diário Corumbaense.