Leonardo Cabral em 04 de Março de 2023
Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense
Edilson, olhando para a arara, símbolo da Mocidade, deixará de assinar como carnavalesco por um tempo
Em entrevista ao Diário Corumbaense, Edilson disse que a decisão já estava tomada e que toda a diretoria da Mocidade já havia sido comunicada.
“Afastado literalmente não, temos costume de dizer que a gente sai do carnaval, mas o carnaval não sai da gente. Vou deixar de assinar como carnavalesco, me dedicar a trabalhos particulares, como comissão de frente, mestre-sala e porta-bandeira. Mas estar à frente não. Vou cuidar mais de mim, da minha mãe. Preciso desse tempo”, explicou.
Edilson revelou que essa foi uma decisão difícil, porém, necessária. “Depois que você entra para uma escola de samba e conhece as pessoas envolvidas, o trabalho é muito gratificante. Mas, ao mesmo tempo que se fecha um ciclo, outro se inicia e espero que seja com pé direito também, como foi o meu tempo aqui como carnavalesco na Nova Corumbá”, falou.
Além da escola de samba
Um dos principais fatores que levaram o carnavalesco Edilson a tomar essa decisão foi o tempo para si mesmo. Neste ano, além da Mocidade, ele também foi responsável por dois blocos carnavalescos.
Leonardo Cabral/ Diário Corumbaense Edilson vai seguir trabalhando com sua equipe de 12 pessoas em outras áreas, além do carnaval
Ateliê
Encerrando o ciclo dentro da Mocidade, Edilson contou ao Diário, que irá montar um ateliê, com a proposta de ajudar as escolas de samba e também trabalhar para outras festividades.
“Tenho essa proposta do ateliê e minha equipe segue comigo. Vão estar onde eu estiver. Temos inúmeras festas, como São João, Festival América do Sul, Moinho Cultural, Natal e o carnaval que podemos atender com confecções de fantasias, alas, ajudando a profissionalizar o carnaval ainda mais”, ressaltou Edilson, que tem ao todo 12 pessoas em sua equipe.
Como carnavalesco, ele já passou por outras quatro escolas de samba de Corumbá: a Marquês de Sapucaí, Unidos da Vila Mamona, Império do Morro e um trabalho curto com A Pesada.
“Tenho comigo, que todo trabalho independente de carnaval ou não, tem que gostar. Quando gostamos do que fazemos, às vezes deixamos muitas coisas de lado, para que o êxito possa se sobressair. Acho também que ter uma equipe e diretoria de escola compromissados em colocar a escola na avenida com o melhor que temos. Na Mocidade, não foi fácil, pois nada da escola foi comprado fora, todas as fantasias desde comissão de frente até a última ala, tudo foi feito aqui. Tivemos inúmeros obstáculos, mas todos foram vencidos e o resultado da escola ser campeã é ter foco, determinação e fazer com amor. Para esse ano, foi um enredo para jurados, recebi críticas do estilo de fantasias. As pessoas reclamaram que faltava brilho, mas confeccionamos de acordo com o alinhamento com o enredo e deu no que deu, o bicampeonato. Quem ganha com tudo isso é o carnaval”, finalizou Edilson.
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