Caline Galvão em 19 de Setembro de 2016
“Em 1775, chegou aqui o capitão Matias Ribeiro da Costa com uma tropa inicial para instalar o Forte, isso por força do Tratado de Madri. Ocorre que, segundo a história, teria havido um erro do capitão Matias Ribeiro porque o Forte seria instalado na região de Fecho dos Morros, cerca de 240 quilômetros rio abaixo, mas foi instalado aqui. Posteriormente, a Coroa Portuguesa verificou que aqui era o melhor local que poderia ser utilizado, mas ficou do outro lado, na margem espanhola e houve, então, reações da parte da Espanha contra essa instalação do Forte”, explicou ao Diário Corumbaense o coronel Valdenir de Freitas Guimarães, assessor cultural do Comando Militar do Oeste (CMO).
O coronel Freitas disse que na parte do Forte atual, a parte baixa, beirando o rio, foi construído o primeiro Forte, que era uma estacada de madeira, e todas as instalações eram feitas com a madeira de Carandá. “Posteriormente, com a chegada de Ricardo Franco de Almeida Serra, este sim, construiu o Forte em alvenaria, que é o que está aí hoje. Em 1796 começou a construção do Forte em alvenaria. Cinco anos depois, 1801, com o Forte ainda inacabado, houve o ataque castelhano de Dom Lázaro de Ribeira, quando Ricardo Franco comandou a primeira defesa histórica do Forte. Essa foi contra os espanhóis”, contou Freitas.
Contra os paraguaios, a luta aconteceu 63 anos depois, durante a Guerra do Paraguai, em 1864. “Quando o Paraguai atacou o Forte, a guarnição era bastante reduzida, houve uma defesa obstinada, até o esgotamento completo da munição. Aí, segundo a cultura local, por milagre de Nossa Senhora do Carmo, a tropa conseguiu com os moradores fazer a fuga sem nenhuma baixa. A ocupação paraguaia foi imediata. Daqui, as pessoas foram para Corumbá, houve a ocupação paraguaia e durou cerca de três anos”, afirmou Freitas. É exatamente por causa dessa história que há hoje uma imagem da Santa sobre as muralhas do Forte.
“Sem dúvida alguma, esse Forte representa muito para o Brasil”, afirmou o coronel. “É o único Forte do território nacional, de cerca de vinte fortes, que esteve engajado em combate de guerra e contra dois oponentes estrangeiros em duas épocas passadas. É o único que esteve realmente em guerra declarada. Em Fortes do litoral, por exemplo, houve combates contra estrangeiros, mas eram corsários, eram piratas, aqui era declaração de guerra. O Forte tem uma importância nacional, é patrimônio nacional, pode-se dizer que aqui foi que lançou toda a preservação e a manutenção da fronteira oeste do Brasil”, assegurou o coronel Freitas.
Juréa Cruz: Eu morei no forte de Coimbra por 02 anos, fui acompanhando a minha irmã que é casada com o Ten.Syllas, na época Sgt.Syllas, dei aula na Escola Ludovina porto Carrero, durante 01 ano tenho até um elogio do Cap.José P.C.Machado subcomandante o Comandante era o Cap.Norman Pinheiro de Negreiros .O lugar é divino, lindo!!!! Nos somos da época do Hermenegildo (corneteiro) do Sr.Bonifácio e Dona Nina donos do armazém que era em frente onde morávamos.
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