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Exército e UFGD assinam acordo de cooperação para preservação do Forte Coimbra

Caline Galvão em 14 de Setembro de 2016

O Comando Militar do Oeste (CMO) e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) assinaram acordo de cooperação durante solenidade de aniversário dos 241 anos do Forte Coimbra, na terça-feira (13). O ato visa à valorização, divulgação e preservação do local através da conservação do patrimônio histórico e cultural do Forte. Isso será possível por meio do desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão envolvendo diversas áreas científicas, sejam relacionadas à História, Geografia, Geologia, Biologia, e demais campos do conhecimento humano.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Comandante do CMO, Paulo Humberto Cesar de Oliveira, e reitora da UFGD, Liane Maria Calarge, assinaram acordo

O comandante do CMO, o general-de-Exército Paulo Humberto Cesar de Oliveira, e a reitora da UFGD Liane Maria Calarge, assinaram o documento na presença do vice-reitor Márcio Eduardo de Barros, e do assessor cultural do CMO, coronel Valdenir de Freitas Guimarães, que é historiador. “Esse acordo para nós significa dar visibilidade ao Forte, fazer estudos, não só como ícone histórico para dar projeção à história do Forte, mas também em toda fronteira Oeste. Vamos ter condições não só de trabalhar o Forte, mas também toda essa área, fazendo pesquisas científicas e acadêmicas e, ao mesmo tempo, essas pesquisas vão servir para alavancar a história do Forte e dar visibilidade e, quem sabe, ele não se torne um grande ponto turístico onde brasileiros venham para conhecer, o que seria uma coisa maravilhosa em termos de nação brasileira”, afirmou ao Diário Corumbaense o comandante Paulo Humberto Cesar de Oliveira.

A reitora da UFGD, Liane Maria Calarge, explicou que soube da possibilidade de acordo com o CMO, para usufruto da região do Forte Coimbra com o objetivo de desenvolvimento de pesquisas científicas, através de um professor da UFMS, Tito Carlos Machado de Oliveira. “Depois disso, entramos em contato e desde outubro estamos nas tratativas para montar esse acordo. Nós já fizemos uma visita anteriormente aqui e observamos todo o potencial que o local tem de desenvolvimento de trabalhos”, afirmou a reitora.

A região do Forte Coimbra tem riqueza histórica, cultural e também geológica. O local abriga a gruta Ricardo Franco, administrada pelo Exército Brasileiro desde 1812. A gruta é a terceira maior do Mato Grosso do Sul e é aberta a visitantes. Um biólogo do Exército realiza a descida de cerca de 120 metros com os interessados. No final da gruta, que conta com iluminação de gerador, é vista água cristalina vinda do rio Paraguai, mas não é água potável e os visitantes não podem mergulhar nela. Há outras rotas dentro da gruta que são direcionadas aos pesquisadores. Além da gruta, toda a região do Forte é cercada pela presença de animais que vão desde pequenos lobos até onças e a riqueza da flora desperta a atenção dos cientistas.

Gruta Ricardo Franco desperta atenção de visitantes e com acordo passará a ser campo para pesquisas científicas

De acordo com a reitora Liane Maria Calarge, a parceria só tem a beneficiar a ciência, os moradores da região e a própria história nacional. “Essa parceria só tem a render muitos projetos, inclusive visando a população que está aqui, a parte histórica do Forte para manter essa história e desenvolver diversos projetos de ensino, pesquisa e extensão”, afirmou.  Liane explicou que nos vários projetos que serão realizados, serão envolvidos os moradores do local. “Já vamos fazer planos de trabalho com datas previstas, então, talvez não estejam todos aqui todos os meses, mas a cada dois ou três meses vai ter uma ação. Em termos de fazer um polo da Educação a Distância aqui, podemos até pensar nessa hipótese, mas o problema é que os polos são feitos por editais da CAPS e hoje estão todos suspensos. Mas, se sair edital da Universidade Aberta do Brasil, a gente pode pensar em colocar um polo aqui”, disse Liane.

O general Paulo Humberto afirmou que mesmo com a presença universitária, as instalações do Forte não serão modificadas, mas o início das atividades com a UFGD é que vai começar a configurar o que será o “Forte do futuro”. Ele assegurou que esse acordo de cooperação é apenas um pontapé para abertura para outras Universidades poderem desenvolver projetos no local. “Esperamos que o Forte Coimbra possa ser um ponto de desenvolvimento de turismo, de história, onde vários segmentos científicos possam conhecê-lo. Há um campo muito fértil para estudos científicos”, afirmou o comandante do CMO.

Essa não é a primeira parceria realizada entre o Comando Militar do Oeste e universidades do Mato Grosso do Sul. “Recentemente criamos um centro de estudos de fronteira em Campo Grande, assinando com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, agora assinamos esse acordo com a Universidade Federal da Grande Dourados. Quando eu falo Universidade Federal e Estadual, falo como cabeça de chave que assinaram acordos com a gente, mas no próprio documento está escrito que são a porta de entrada para todas as outras universidades”, afirmou o general-de-Exército Paulo Humberto Cesar de Oliveira. O objetivo é que haja a possibilidade de pesquisadores de todo o Brasil e do mundo realizarem estudos no local.

Assinatura do acordo aconteceu durante solenidade de aniversário dos 241 anos do Forte Coimbra

Galeria: Forte Coimbra acordo UFGD - 2016

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Comentários:

Guilherme de Souza Siqueira: Parabéns a iniciativa da UFGD e ao CMO, sou acadêmico do curso de História(licenciatura) da UNIDERP Anhanguera, e técnico administrativo da UFGD(Enfermagem Hu), iniciativa como essas só alavanca o espírito patriota do nosso povo criando um ambiente cultural favorável ao desenvolvimento de uma região tão importante da nossa história é que outrora andava esquecido, parabéns!!!

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