PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Dilma pode ter cargo público antes de STF julgar votação fatiada, diz ministra

Agência Brasil em 12 de Setembro de 2016

Na decisão em que negou liminar para impedir que Dilma Rousseff ocupe cargos públicos, a ministra Rosa Weber disse não haver qualquer prejuízo se a ex-presidente assumir cargos do tipo antes que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue se o fatiamento da votação do impeachment está ou não de acordo com a Constituição. 

Na sexta-feira à noite, Rosa Weber negou, em uma única decisão, a concessão de liminar em doze diferentes mandados de segurança que foram protocolados no STF questionando a divisão da votação final do impeachment no Senado.

Os mandados de segurança foram apresentados pelos partidos PMDB, PSDB, DEM, PPS, Solidariedade e PSL, pelos senadores José Medeiros (PSD-MT) e Álvaro Dias (PV-PR) e pelo deputado Expedito Netto (PSD-RO), bem como por seis cidadãos comuns. Todos pediam liminar para impedir que Dilma ocupasse cargos públicos antes que o Supremo julgasse o mérito da questão.

Entretanto, “a possibilidade em tese de a litisconsorte necessária Dilma Vana Rousseff vir a exercer função pública não acarreta dano efetivo ao julgamento por esta Suprema Corte acerca da alegada violação, pelo Senado Federal, do art. 52, parágrafo único, da Constituição, diante do fracionamento efetuado na votação final do processo do impeachment”, escreveu Rosa Weber, na decisão que foi tornada pública, na manhã de hoje (12).

“A mera especulação de notícias veiculadas em meios de comunicação quanto a eventual convite para o exercício de função pública, como argumentado, não traz prejuízo ou dano para o julgamento definitivo do mérito desta ação constitucional”, acrescentou a ministra.

Até o momento, Dilma possui um convite de trabalho confirmado, para presidir a Fundação Perseu Abramo, do PT, feito pelo presidente do partido, Rui Falcão. Dilma teria pedido um tempo para pensar no assunto, enquanto descansa em sua residência em Porto Alegre.

Votação fatiada

No dia 31 de agosto, o plenário do Senado decidiu por votar separadamente a perda de mandato da então presidenta Dilma Rousseff e sua inabilitação para cargos públicos por oito anos. Ele acabou cassada por 61 votos a 20, mas em votação subsequente teve mantidos seus plenos direitos políticos, por 42 a 36.

Com a decisão, que foi referendada pelo então presidente do STF e também do julgamento doimpeachment no Senado, Ricardo Lewandowski, Dilma encontra-se apta a se candidatar nas próximas eleições ou ser nomeada para ocupar uma secretaria de governo ou dar aulas em universidades públicas, por exemplo. 

Saiba mais

08/09/2016 Ministro nega liminar para anular sessão do Senado que aprovou impeachment de Dilma

01/09/2016 Defesa de Dilma pede anulação do impeachment no Supremo Tribunal Federal

31/08/2016 Em cerimônia de 11 minutos, Temer é empossado presidente da República

31/08/2016 Dilma perde salário, mantém 8 servidores e terá de deixar Alvorada em 30 dias

31/08/2016 Após mais de 3 meses na interinidade, Temer assume presidência em definitivo

31/08/2016 Senadores de MS comemoram saída de Dilma, mas consideram votação incoerente

31/08/2016 Dilma diz que impeachment é segundo golpe de estado que enfrenta na vida

31/08/2016 Defesa de Dilma vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal

31/08/2016 Após impeachment, Senado mantém os direitos políticos de Dllma

31/08/2016 Primeira mulher eleita presidente, Dilma deixa cargo a 2 anos do fim do mandato

31/08/2016 Senado aprova impeachment e Dilma é afastada definitivamente da Presidência

31/08/2016 Começa último dia de julgamento do impeachment de Dilma Rousseff

31/08/2016 Senado conclui hoje julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff

30/08/2016 Senado retoma julgamento de Dilma com debates entre defesa e acusação

30/08/2016 Em fala final, Dilma pede que senadores votem com consciência

29/08/2016 Aécio diz que voto não é salvo-conduto; Dilma lembra ações para desestabilizá-la

29/08/2016 Dilma se compara a Getúlio e diz que impeachment é "pena de morte política"

29/08/2016 Dilma faz hoje sua defesa no plenário do Senado

28/08/2016 Parlamentares pró e contra o impeachment se reúnem para traçar estratégias

17/08/2016 Julgamento do impeachment começa dia 25; Dilma se defende no dia 29

PUBLICIDADE