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"É urgente unificar o país", diz Temer em seu primeiro discurso como presidente

Caline Galvão em 12 de Maio de 2016

Pedro Peduzzi/Agência Brasil

Michel Temer deu posse a novos ministros e fez discurso

Depois de empossar 22 ministros na tarde desta quinta-feira (12), Michel Temer, que assumiu interinamente a Presidência da República, depois do afastamento de Dilma Rousseff pelo prazo de 180 dias, fez discurso no Palácio do Planalto no final da tarde. Ele afirmou que tem confiança na recuperação da economia nacional, nos potenciais do país e na capacidade de que com todos unidos, poderá enfrentar os desafios desse momento que é “de grande dificuldade”, conforme ele.

Frisou que é “urgente pacificar a nação e unificar o Brasil” e fazer um governo de “salvação nacional” e que, para isso, é necessário haver colaboração de partidos políticos, lideranças, entidades organizadas e do povo brasileiro. Falou que o “diálogo” será o primeiro passo de seu governo e que tem convicção de que é “preciso resgatar a credibilidade do Brasil no conceito interno e internacional”. Temer disse também que o Estado não pode fazer tudo e depende da atuação dos setores produtivos com empregadores e trabalhadores para criar prosperidade e que pretende fazer com que esse setor volte a se entusiasmar e a ter segurança.

O presidente em exercício garantiu a consolidação de projeto sociais como o Bolsa Família, Pronatec, ‘Minha Casa, Minha Vida’, Prouni, Fies, mas que terão gestão aprimorada. Falou que as reformas que fará não irão alterar os “direitos adquiridos pelos cidadãos brasileiros”. Disse também que vai revisar o pacto federativo porque Estados e Municípios precisam “ganhar autonomia verdadeira, sob égide de federação real e não artificial como vemos atualmente”, pois, segundo ele, “a força da união deriva da força dos estados e dos municípios”.

Michel Temer pretende reorganizar as contas públicas para retomar o crescimento do país, decisão que já está sendo feita na prática com a diminuição de Ministérios e já foram encomendados estudos para eliminar cargos comissionados e gratificações desnecessárias. O presidente em exercício também prometeu apoiar micro, pequeno e médio empresários para modernizar o país e diminuir o desemprego. Mas para tudo isso, reiterou a necessidade do trabalho harmônico entre o Executivo e o Legislativo.

 

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