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Paciente oncológico que recebeu dose elevada de medicamento, já está em casa

Da Redação em 22 de Março de 2015

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Sessões de quimioterapia são realizadas na Oncologia do Hospital de Corumbá

Teve alta na última quarta-feira (18) o paciente Sebastião Rocha, de 47 anos, que estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital de Corumbá, após sofrer reações a medicamentos utilizados durante sessões de quimioterapia. Ele fez a última sessão no dia 12 de fevereiro e, em seguida, começou a apresentar reações, como pele avermelhada. No dia seguinte, estava com o rosto deformado.  

“Na verdade, o seu Sebastião teve uma reação a uma dose elevada de um produto chamado Fluoracil, que  diminui a imunidade do paciente. Enquanto ele esteve com a imunidade baixa, o que o deixou suscetível a infecções, demos medicações antibióticas de alta potência e fizemos também a reposição de plaquetas, que pela toxidade do produto, diminuem. Graças a Deus, conseguimos um resultado bastante efetivo”,  disse ao Diário Corumbaense o diretor-técnico do Hospital de Corumbá, Domingos Albaneze.

Mais de um mês após o ocorrido, o paciente, que faz tratamento contra o câncer na Oncologia do hospital desde setembro do ano passado, voltou para casa e segue se recuperando com o apoio de familiares.

Diretor-técnico da Santa Casa, diz que sindicância está concluída

Além de Sebastião, outra paciente da Oncologia, também sofreu reações, teve os mesmos sintomas, mas não resistiu. Dona Terezinha de Medeiros, de 82 anos, morreu no dia 28 de fevereiro, após também ficar internada do Centro de Tratamento Intensivo da Santa Casa. “Com a dona Terezinha, nós também conseguimos um resultado efetivo na reposição das plaquetas, porém, ela sofreu um estresse muito grande e acabou falecendo por uma arritmia cardíaca. Mas isso não tira as consequências de ela ter tomado uma alta dose do produto (Fluoracil)”, explicou o diretor-técnico.

A direção do hospital afastou das funções o farmacêutico responsável pela manipulação dos medicamentos no setor de Oncologia e abriu uma sindicância no dia 20 de fevereiro, com prazo de conclusão de 30 dias. Os procedimentos seguiram normas e recomendações do Ministério da Saúde, Vigilância Sanitária e órgãos fiscalizadores, segundo o diretor-técnico do hospital.  “A sindicância está fechada e será apresentada nesta segunda-feira (23). É 99% de chance de ter havido erro na manipulação do medicamento”, concluiu Domingos Albaneze. 

 

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