Da Redação em 25 de Fevereiro de 2015
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Diretor técnico do hospital informou que quadro clínico dos pacientes é grave
“Nós temos fortes suspeitas de que tenha ocorrido falha no processo de manipulação dos remédios, mas temos o prazo de 30 dias para que o processo seja concluído, enquanto isso não podemos acusar ninguém. Na conclusão da sindicância é que teremos isso comprovado. Ambos os pacientes tiveram reações semelhantes e o que a gente nota é uma provável dose elevada do medicamento, resultando na baixa imunidade”, disse ao Diário Corumbaense o diretor técnico.
A direção da Santa Casa está fazendo o acompanhamento clínico dos pacientes e conta com apoio técnico de especialistas de Campo Grande, Rio de Janeiro e São Paulo. “O quadro é grave e estamos tomando todos os cuidados possíveis. O grande problema deles é a imunidade baixa e paciente assim fica suscetível a todo e qualquer tipo de infecção. Por ser considerado grande o risco, agora os pacientes estão tendo o suporte das deficiências, como isolamento, uso de antibióticos preventivos para infecção e transfusão de sangue. O período de ação termina com 14 dias, então temos que dar esse suporte até que acabe o ciclo dos medicamentos, para aí sim, a reação dos pacientes ser mais efetiva do que até agora”, explicou.
Como medida preventiva, a direção do hospital afastou das funções o farmacêutico responsável pela manipulação dos medicamentos no setor de Oncologia. “Nós temos um lugar específico para essa manipulação, onde o profissional pega a prescrição do oncologista, prepara e entrega para a enfermagem fazer a aplicação. Ele estava à frente do serviço há cerca de 2 a 3 meses e esse pode ser o grande inconveniente, provavelmente a falta de experiência”, afirmou Domingos Albaneze.
Além do farmacêutico, a sindicância, que tem prazo de 30 dias para ser concluída, vai ouvir todas as pessoas envolvidas no atendimento dos dois pacientes. De acordo com o diretor-técnico da Santa Casa, os procedimentos seguem normas e recomendações do Ministério da Saúde, Vigilância Sanitária e órgãos fiscalizadores. O hospital já notificou a Vigilância de Saúde do Estado sobre o que ocorreu com os pacientes.
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