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Sindicância vai apurar possível erro na manipulação de remédios de pacientes oncológicos

Da Redação em 25 de Fevereiro de 2015

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Diretor técnico do hospital informou que quadro clínico dos pacientes é grave

O diretor-técnico da Santa Casa de Corumbá, Domingos Albaneze, confirmou na tarde desta quarta-feira (25)  a abertura de uma sindicância para apurar uma possível falha na manipulação de quimioterápicos dos pacientes Sebastião Rocha, de 47 anos, e Terezinha de Medeiros, de 82 anos. Ambos estão internados no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital.   

“Nós temos fortes suspeitas de que tenha ocorrido falha no processo de manipulação dos remédios, mas temos o prazo de 30 dias para que o processo seja concluído, enquanto isso não podemos acusar  ninguém. Na conclusão da sindicância é que teremos isso comprovado. Ambos os pacientes tiveram reações semelhantes e o que a  gente nota é uma provável dose elevada do medicamento, resultando na baixa imunidade”, disse ao Diário Corumbaense o diretor técnico.  

A direção da Santa Casa está fazendo o acompanhamento clínico dos pacientes e conta com apoio técnico de especialistas de Campo Grande, Rio de Janeiro e São Paulo.  “O quadro é grave e estamos tomando todos os cuidados possíveis. O grande problema deles é a imunidade baixa e paciente assim fica suscetível a todo e qualquer tipo de infecção. Por ser considerado grande o risco, agora os pacientes estão tendo o suporte das deficiências, como isolamento, uso de antibióticos preventivos para infecção e transfusão de sangue. O período de ação termina com 14 dias, então temos que dar esse suporte até que acabe o ciclo dos medicamentos, para aí sim, a reação dos pacientes ser mais efetiva do que até agora”, explicou.

Como medida preventiva, a direção do hospital afastou das funções o farmacêutico responsável pela manipulação dos medicamentos no setor de Oncologia. “Nós temos um lugar específico para essa manipulação, onde o profissional pega a prescrição do oncologista, prepara e entrega para a enfermagem fazer a aplicação. Ele estava à frente do serviço há cerca de 2 a 3 meses e esse pode ser o grande inconveniente, provavelmente a falta de experiência”, afirmou Domingos Albaneze.

Além do farmacêutico, a sindicância, que tem prazo de 30 dias para ser concluída, vai ouvir todas as pessoas envolvidas no atendimento dos dois pacientes. De acordo com o diretor-técnico da Santa Casa, os procedimentos seguem normas e recomendações do Ministério da Saúde, Vigilância Sanitária e órgãos fiscalizadores. O hospital já notificou a Vigilância de Saúde do Estado sobre o que ocorreu com os pacientes. 

 

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