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Onça do Forte Junqueira é capturada após quase um mês de monitoramento

Marcelo Fernandes em 03 de Setembro de 2014

Foi capturada a onça-pintada que estava abrigada em uma fenda existente num paredão localizado em uma área próxima ao Forte Junqueira. A captura aconteceu às 18h15 da terça-feira, 02 de setembro, após o animal entrar na armadilha instalada pelo Comitê de Incêndios Florestais e Contenção de Animais Silvestres no local. O animal foi solto no início da manhã desta quarta-feira, dia 03, em uma área isolada do Pantanal corumbaense.

Comitê de Incêndios Florestais e Contenção de Animais Silvestres

Onça-pintada foi solta no Pantanal de Corumbá no início da manhã de hoje

Capturada na noite de terça, a onça – que havia sido avistada pela primeira vez no dia 06 de agosto – era fêmea. De acordo com o comandante da PMA local, major Nivaldo Pádua, o animal foi sedado, avaliado pelos técnicos da Embrapa Pantanal, para a soltura. Toda essa operação durou aproximadamente 12 horas.

“Esse animal, que estava na região do Forte Junqueira era o que mais nos preocupava, porque estava numa área em que havia residências numa distância aproximada de 100 metros. Há cerca de quinze dias passamos a utilizar tecnologia, conseguimos câmeras para filmar o animal 24 horas e estabelecemos a rotina do animal”, explicou o major Pádua durante a entrevista coletiva que detalhou a operação. A PMA, que integra o Comitê de Contenção de Animais Silvestres, coordenou nas últimas semanas, o serviço de monitoramento que visava capturar o animal.

O comandante da PMA corumbaense informou que a onça não estava prenha e as equipes do Comitê tiveram “cuidado completo” com o animal, que foi solto em ambiente natural, de “forma segura, num local longe da área urbana e seco ”. A área de soltura, em pleno Pantanal de Corumbá, não foi informada.

“Agora voltamos as atenções para as regiões da Cacimba da Saúde e da Sobramil, onde houve registros de aparições de onças. Na Sobramil não encontramos mais vestígios do animal, que pode ser essa que foi capturada, mas não temos a certeza. Na Cacimba já estamos com armadilhas armadas e monitorando. A que apareceu na avenida não dá para sabermos de qual se trata por conta das imagens, que não nos permitem identificação maior”, esclareceu o major Nivaldo Pádua.

Também participou da coletiva o comandante da PMA de Mato Grosso do Sul, tenente-coronel Carlos Matoso. Ele destacou que a operação montada para captura da onça-pintada foi um “trabalho pioneiro” da corporação – em parceria com outras instituições – que permitirá avanços nas ações futuras para captura e soltura de animais silvestres, inclusive diminuindo o tempo de captura, que nesse caso demorou quase um mês. Veja vídeo cedido pelo Comitê.

“Pode diminuir . Essas imagens coletadas serão objeto de estudo e vamos inserir em nossos cursos, para mostrar como o animal se comporta. O monitoramento nos ajudou muito, porque foi possível estudarmos o jeito do animal se movimentar, se alimentar para conseguirmos chegar à captura”, finalizou o comandante da PMA sul-mato-grossense.

O Comitê de Incêndios Florestais e Contenção de Animais Silvestres é integrado pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Embrapa Pantanal, Guarda Municipal, Fundação do Meio Ambiente do Pantanal e Instituto do Homem Pantaneiro (IHP).

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