Leonardo Cabral em 28 de Fevereiro de 2023
Diário Corumbaense
Uma das fiscalizações realizadas na região de fronteira
O motivo é a prevenção à gripe aviária (influenza aviária) em Mato Grosso do Sul, já que na Bolívia, houve registro de caso da doença, além de países como Argentina e Uruguai.
Com as barreiras sanitárias, muitos produtos e subprodutos de origem animal e vegetais, que vêm do país vizinho estão sendo aprendidos na faixa de fronteira. São brasileiros e bolivianos que atuam em feiras livres em Corumbá e que estão tendo as mercadorias recolhidas.
Para o presidente da Associação dos feirantes de Corumbá e Ladário, a situação é complicada, principalmente para os feirantes de origem estrangeira e os assentados.
“Fica difícil trabalhar dessa maneira, mas entendemos que há que se ter as fiscalizações e cooperamos avisando os feirantes que não pode ter a entrada desses produtos. Fazemos até capacitação para que eles possam estar cientes do que está ocorrendo. A Lei tem que ser cumprida pelo bem da sociedade, mas entenderia também se essas fiscalizações fossem avisadas, principalmente aos produtores que têm que ter selo de registro”, disse Lucídio.
Ele diz que os mais afetados de fato são os bolivianos, maioria cadastrados dentro da associação. “Temos 287 feirantes, desse total, 80% são bolivianos e com essas fiscalizações tivemos uma redução de 40% deles nas feiras livres”, disse ao frisar que entre os produtos mais apreendidos estão “batatas, milho, leite, carnes, entre outros, sem contar com fiscalizações nos assentamentos da cidade”, completou.
De 16 de fevereiro até o dia 24 do mesmo mês, foram fiscalizados em Corumbá 4.516 kg de carnes; 755 kg de embutidos e 5.620 kg de queijos.
Em relação às apreensões, no mesmo período, foram 133 kg de carnes, sendo 33 kg de carne salgada e 13 kg de carne moída; 139 litros de leite in natura, 115 kg de queijo e 110 kg de ovos.
Já em relação aos produtos vegetais que mais foram apreendidos na cidade, estão 200 kg de alface, 193 kg de batatas, 92 kg de bananas, 50 kg de alho, 74 kg de mandioca, 53 kg de milho e 33 kg de limão.
As fiscalizações são feitas pelas equipes da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), em parceria com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), por meio da SFA/MS (Superintendência Federal de Agricultura de MS).
A doença
O Brasil nunca registrou caso da doença. A ‘Influenza aviária’ é viral e atinge aves domésticas e silvestres, com alto nível de contágio. Apesar de casos registrados em humanos, ela não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos.
De acordo com o Mapa, o período de maior migração de aves do Hemisfério Norte para a América do Sul vai de novembro a abril. Por isso, neste momento, o trabalho que vem sendo realizado é o aumento das ações de vigilância pelo serviço veterinário oficial e órgãos ambientais, além do reforço das medidas de biossegurança nas granjas pelos produtores, com o objetivo de detectar rapidamente o eventual ingresso da doença no país e mitigar os riscos de sua disseminação.
A orientação do governo federal é para que produtores rurais, técnicos agrícolas e criadores fiquem alertas para as aves com sinais respiratórios, nervosos, digestivos ou alta mortalidade, inclusive em aves de vida livre.
Na cidade de Cochabamba, na Bolívia, um caso foi registrado.
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Rubens Marinho soares : Juro que não sabia que limão, alface, banana, mandioca, alho, etc. Causavam gripe aviária
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