Da Redação em 08 de Dezembro de 2016
Realizada por cinco acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a primeira etapa do projeto de Geoprocessamento dos Córregos de Ladário foi entregue ao prefeito José Antonio Assad e Faria. O projeto teve o intuito de elaborar estudos de análise ambiental para o Executivo local especificando temas como a preparação de carta de cursos d´água urbanos; identificação e nomeação dos córregos urbanos; análises pontuais de parâmetros físicos e químicos dos córregos de maior relevância através de uma sonda de multiparâmetros.
Ao todo, oito pontos do córrego Teixeira, mais conhecido como “Chico”, foram estudados pelos universitários e enviados a laboratórios de Campo Grande e Corumbá, que diagnosticaram os problemas e também o lado positivo de cada um desses trechos.
Fotos: Divulgação PML
Universitários promoveram mapeamento de oito pontos do córrego Teixeira, mais conhecido como “Chico”
Participante do Geoprocessamento, a universitária Izabella Sampaio Carvalho explicou o que foi feito por ela e seus colegas. “Fizemos um trabalho de identificação das drenagens dos córregos aqui no município e elaboramos cartas temáticas com equipamentos, que nos ajudaram a identificar oito pontos dentro do córrego do Chico, seguindo o curso que ele faz por Ladário. Dentre os pontos positivos, os resultados nos mostram que mesmo com algumas problemáticas, Ladário ainda mantém a sua área verde. A preservação existe e por isso é que se tem que tomar cuidado com essas áreas que ajudam no ordenamento da cidade”, disse.
Os pontos negativos, de acordo com a estudante, concentram-se em toda carga de poluentes no início da cidade e vai sendo transferido ate o rio Paraguai, “a parte mais urbanizada sempre apresenta mais problemas”, lembrou. Diante disso, os impactos que isso pode trazer ao município estão diretamente relacionados à contaminação da água, mesmo ela não sendo utilizadas dentro das casas, “mas gera uma questão de insalubridade, contaminação do solo, meio ambiente, incomoda e gera acumulo de matéria orgânica, danificando toda essa área que dever ser preservada. Há que existir essa preocupação”, observou a universitária.
A estudante de Engenharia Ambiental, Maria Gabriela da Silva, destacou que o resultado dos estudos pode contribuir para o crescimento local. “As pesquisam servem para a administração planejar tanto o Plano Diretor, que tem que ser atualizado de quatro em quatro anos, e as obras pela cidade. Ladário tem muitos territórios para expandir”, afirmou. “A população tem que ter consciência de proteger o meio em que vive. Encontramos muito despejo de materiais nos córregos, a ligação com rios e população ainda é muito estreita. Tem que existir isso para melhorar a estrutura”, alertou durante encontro com o prefeito ocorrido na segunda-feira, 05 de dezembro.
A diretora-presidente da Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural, Ligia Lopes Teixeira de Santana, destacou o resultado do Geoprocessamento dos Córregos. “Ladário terá um registro cartográfico, algo que nunca foi feito no munícipio, podendo auxiliar em outros serviços, como na questão ambiental, melhor terreno pra construção u lotear. Um estudo aprofundado que não tinha, e, hoje, deixamos para a futura gestão poder trabalhar”, ressaltou.
Para o chefe do Executivo ladarense, o projeto enriqueceu a gestão municipal com uma importante base de dados. “O trabalho de vocês é um instrumento muito importante para que possamos ordenar o crescimento da cidade e defender essas áreas, por isso, precisamos divulgar a importância desse trabalho para que se dê continuidade. É importante preservarmos o que temos, até porque, todo esse levantamento teria um custo muito alto. A quantidade de áreas ainda não ocupadas é grande, mas existe uma preocupação com aquelas a serem ocupadas. Se não tivermos um processo de defesa dessas áreas, será um problema futuramente”, declarou o prefeito José Antonio.
Toda a pesquisa foi realizada, através do contato entre a Fundação do Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Ladário e acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental, que participaram do Projeto Rondon, em 2015.
Logo após a primeira visita, idealizou-se um Projeto de Cooperação Técnica entre o Município de Ladário e a UFMS, frente às necessidades da cidade quanto à espacialização e conhecimento acerca de seus córregos e drenagens urbanas. Com informações da assessoria de comunicação da Prefeitura de Ladário.
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