Leonardo Cabral em 11 de Outubro de 2025
Reprodução

Contato direto com as lesões, crostas ou secreções de uma pessoa infectada é a principal forma de transmissão
Diante da situação, as autoridades bolivianas ativaram um plano de vigilância epidemiológica para conter um possível surto da doença.
Segundo o gerente de Epidemiologia do Sedes, Carlos Hurtado, o alerta foi emitido após equipes médicas identificarem um aumento no número de pacientes com febre e erupções cutâneas em centros de saúde do departamento.
“Intensificamos a vigilância epidemiológica em nosso departamento. Em hospitais, centros de saúde e centros de previdência social, detectamos casos positivos e suspeitos de varíola símia. Este é um evento de saúde pública de importância internacional que pode levar a epidemias”, afirmou Hurtado.
Ele orientou a população a agir com responsabilidade diante do ressurgimento da doença, que apresenta alto potencial de transmissão por contato direto. “É uma doença semelhante a uma erupção cutânea. Se você apresentar quaisquer sinais ou sintomas, procure um centro de saúde imediatamente”, recomendou.
Transmissão e medidas preventivas
Durante surto registrado entre 2021 e 2022, a transmissão esteve frequentemente relacionada a práticas sexuais. Por isso, as autoridades reforçam a importância de medidas preventivas.
“Sugerimos o uso de preservativo e evitar relações sexuais com estranhos. Se alguém apresentar lesões ou sintomas compatíveis com essas condições, deve se abster de relações sexuais para evitar a transmissão da doença”, alertou Hurtado.
As lesões características da mpox aparecem, principalmente, em áreas de contato, como rosto, boca e região genital. Os pacientes confirmados estão isolados e recebem tratamento sintomático, já que não há vacina ou medicamento específico contra o vírus.
Doença mudou de nome
A varíola símia e a “varíola dos macacos” referem-se à mesma doença, atualmente chamada de mpox pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A mudança de nome ocorreu em 2022 para evitar conotações negativas e estigmatização.
A mpox é causada por um vírus da família Poxviridae, aparentado ao vírus da varíola humana. A doença, no entanto, costuma apresentar sintomas mais leves e menor taxa de mortalidade.
Os casos de varíola símia (mpox) têm diminuído após um pico em 2022, mas ainda são notificados em todo o mundo, incluindo o Brasil. Em 2024, a Região Africana da OMS registrou cerca de 18 mil casos suspeitos e 2186 casos confirmados até agosto. No Brasil, houve 447 casos confirmados em 2025, com os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais concentrando o maior número de casos.
Com informações do jornal El Deber.
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