PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

PMA intensifica ações de combate à ceva de animais silvestres no Pantanal

Da Redação em 22 de Maio de 2025

Divulgação/PMA

Policiais ambientais orientando sobre a proibição da ceva

A Polícia Militar Ambiental está realizando desde o dia 17 de maio, a Operação Meio Ambiente Seguro, com foco na prevenção de ilícitos ambientais na área da Bacia do Paraguai.

Nos municípios de Corumbá e Miranda, na região do Passo do Lontra, área de grande visitação turística voltada à pesca amadora, as equipes têm concentrado as ações  no combate à prática ilegal da ceva de animais silvestres. Estão sendo realizadas abordagens a pescadores, visitas a pousadas e ranchos de pesca, além de ações terrestres ao longo da rodovia MS-181, com a instalação de barreiras e fiscalização de veículos, turistas e moradores locais.

A PMA explica que a ceva consiste em oferecer alimento de forma intencional e contínua a animais silvestres, com o objetivo de atraí-los – seja para caça, pesca ou simples aproximação. Essa prática altera o comportamento natural da fauna, gera dependência alimentar, estimula a associação entre presença humana e oferta de alimento, e aproxima os animais de áreas urbanizadas, onde podem ocorrer acidentes graves. Além disso, compromete o equilíbrio ecológico do bioma pantaneiro.

A ceva é uma prática ilegal, tipificada como crime de maus-tratos contra animais silvestres, nos termos da Lei Federal nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais).

Mais do que um crime ambiental, a ceva representa uma ameaça silenciosa: pode causar desequilíbrios populacionais, intensificar conflitos entre espécies, aumentar o risco de ataques a humanos e facilitar a disseminação de zoonoses, afetando diretamente a saúde pública e a segurança ambiental.

Ataque a caseiro

O combate à ceva foi intensificado após a morte de Jorge Ávalo, funcionário de um pesqueiro em Aquidauana, atacado por uma onça. O caso ganhou repercussão nacional. O animal foi capturado e enviado ao Instituto Ampara Animal, após ser constatado risco de novos incidentes.

Especialistas relataram que a onça estava habituada à presença humana e já não reagia mais com o instinto de fuga, típico da espécie. Entidades de proteção animal divulgaram alertas nas redes sociais sobre os riscos de alimentar animais selvagens, o que coloca tanto os bichos quanto as pessoas em perigo.

Após o ataque em Aquidauana, câmeras de monitoramento começaram a ser instaladas na região de Touro Morto, onde ocorreu o incidente, como parte das ações para prevenir novos casos.

Com informações da PMA e do portal Campo Grande News.

PUBLICIDADE