Moradores reclamam da escuridão há mais de 20 dias em trecho da avenida Porto Carrero

Parte da avenida Porto Carrero está às escuras há pelo menos 20 dias. O trecho sem iluminação pública passa por ruas que cruzam a avenida e que levam até o centro da cidade. A escuridão, como os moradores se referem ao problema, tem início no cruzamento com as ruas Antônio Maria, em frente ao ginásio Poliesportivo, depois Antônio João, Tiradentes, Ladário e Tenente Melquíades, que fica na esquina da Escola Estadual Maria Leite.

Nesse trecho há vários estabelecimentos comerciais, o Terminal Rodoviário da cidade, garagem da Andorinha e residências que fazem parte da “Vila Noroeste”. A única iluminação fica por conta da fachada de alguns comércios que ajudam na orientação de quem utiliza a via.

“Está muito escuro, causando insegurança, sem contar o risco de acidente. Para sair de carro, coloco a cabeça na janela, para olhar direito se não vem alguém, principalmente ciclistas e pedestres. Também saio de madrugada para trabalhar e o risco de assalto aumenta, fico no escuro esperando o ônibus passar”, contou Luciano Oliveira Barbosa, que mora na avenida Porto Carrero, quase esquina com a rua Ladário, há 20 anos.

Ele tem um ponto de comércio em frente à residência onde vive com a família, com venda de salgados. “Nesse período em que estamos praticamente às escuras, quando volto parta casa de carro, dou contorno no quarteirão para ver se tem alguém por perto, pois não se enxerga nada”, completou.

Morando há mais de 60 anos na Vila Noroeste, Marcos Pereira Leite, contou ao Diário Corumbaense que essa é a primeira vez que a avenida fica sem iluminação pública por longo período.

“Já ficamos assim, às escuras, mas foi bem curto, agora já são mais de 20 dias. Que tenhamos uma resposta com urgência, pois não dá para ficar assim, é risco de assalto, para nós moradores e quem utiliza a via como trajeto, seja de bicicleta, a pé. Há risco também de roubo, furto dentro das nossas casas, já que está tudo escuro. Se não fosse alguns comércios que deixam as luzes ligadas, não teríamos nenhuma visibilidade”, relatou o morador.

Resposta da Prefeitura

A reportagem entrou em contato com a Energisa, que informou que iluminação pública é responsabilidade da Prefeitura. Em contato com o Executivo Municipal, a assessoria de comunicação, disse que já foi solicitada uma vistoria na área afetada. 

Também em nota, a Prefeitura de Corumbá, relatou que está formalizando um contrato emergencial para atender o serviço de manutenção de iluminação pública.

Confira a nota na íntegra:

“A Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, está formalizando um contrato emergencial para atender ao serviço de manutenção de iluminação pública.

O município dispõe de um contrato assinado, no final do ano passado, mas o prazo para mobilização e início dos trabalhos é de 120 dias.

Tão logo seja formalizado o contrato emergencial, o edital especificará que a contratação para mobilização e execução dos serviços seja imediata.

Ainda durante o período de transição de governo, houve tentativa de conclusão do contrato emergencial para não deixar o serviço descoberto no começo do ano, mas a gestão, que encerrou em 31 de dezembro de 2024, alegava que não havia recursos para empenho e posterior contratação, conforme os trâmites legais de um contrato”, encerra a nota. 

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