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Mocidade Alegre é bicampeã do carnaval de São Paulo

G1 em 13 de Fevereiro de 2024

Reprodução

A agremiação conquistou seu 12º título

A Mocidade Alegre é bicampeã do carnaval de São Paulo. Após a apuração das notas do Grupo Especial de São Paulo nesta terça-feira (13), a Dragões da Real ficou na segunda colocação, e a Acadêmicos do Tatuapé, em terceiro lugar.

A agremiação conquistou seu 12º título e, se tornou, isoladamente, a segunda escola com mais vitórias ao longo da história do carnaval paulista, atrás apenas da Vai-Vai, com 15 títulos.

A escola do bairro do Limão, na Zona Norte de São Paulo, levou para avenida o enredo "Brasiléia Desvairada - A busca de Mário de Andrade por um país". A Mocidade mostrou a viagem do escritor modernista pelos rincões do país em busca de entender o espírito e o que move o Brasil.

A presidente Solange Cruz Bichara afirmou que não sabia que ganhariam, já que foi um ano muito competitivo entre as escolas.

"Tô a mil por hora, não consigo, ainda estou digerindo, mas é uma emoção muito grande. Um ano muito difícil, um concurso acirrado, em que todas as escolas vinham muito bem. A gente não sabia quem ia ganhar. As escolas evoluíram demais, o carnaval de São Paulo evoluiu demais, a gente acaba perdendo o parâmetro. Muita gente dizia, mas nada de contar vitória antes. Não é nosso perfil, a gente prefere orar, rezar, acreditar que vai dar certo e acreditar no nosso trabalho", afirmou após a vitória.

Um dos pontos altos do desfile foi a ala das baianas. À primeira vista, as fantasias pareciam feitas de concreto. Como se tivessem derramado cimento no tecido das saias.

Na verdade, elas simularam a pedra-sabão, material usado pelo famoso escultor Aleijadinho para fazer suas estátuas barrocas em Minas Gerais.

Todo o traje das baianas levou essa pintura de pedra. Na renda, nas luvas e nos cílios. O responsável pelas fantasias fez pesquisa minuciosa para fazer uma tinta que simulasse a pedra. Ele pintou 48 baianas em uma semana.

Apuração

"Harmonia" foi o critério de desempate utilizado para definir as campeãs; "evolução" foi o primeiro quesito a ser lido. Em uma experiência rara, nenhuma das 14 escolas do Grupo Especial desfilaram sob chuva.

A leitura das pontuações atribuídas pelos jurados foi acompanhada apenas por diretores das escolas, convidados e profissionais da imprensa.

A jurada Bia Cagliani esqueceu de dar a nota de evolução para a escola Império de Casa Verde, e a Liga das Escolas de Samba fez uma média aritmética para chegar a um número. Ao final, a Império ficou com 10.

A média aritmética foi feita a partir das últimas notas da escola, e depois a direção arredondou para cima.

O desfile das Campeãs será no sábado (17) e contará com as seis escolas mais bem classificadas.

Como foi a apuração

Durante a apuração, as notas foram lidas por quesito e a menor delas foi descartada. Ao final, as quantias foram somadas e as duas escolas que tiverem as menores pontuações totais foram rebaixadas, disputando o carnaval 2025 no Grupo de Acesso I.

As notas descartadas são sempre o primeiro critério de desempate a ser aplicado. Neste ano, o quesito "harmonia" foi sorteado para servir como o segundo critério. A definição ocorreu na segunda-feira (12), na sede da Liga-SP, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo.

O desfile das Campeãs será no sábado (17) e contará com as seis escolas mais bem classificadas.

Confira a classificação completa abaixo:

1 - Mocidade Alegre - 270,0

2 - Dragões da Real - 270,0

3 - Acadêmicos do Tatuapé - 269,8

4 - Gaviões da Fiel - 269,6

5 - Mancha Verde - 269,6

6 - Império de Casa Verde - 269,6

7 - Acadêmicos do Tucuruvi - 269,4

8 - Vai-Vai - 269,4

9 - Barroca Zona Sul - 269,3

10 - Águia de Ouro - 269,1

11 - Rosas de Ouro - 269,1

12 - Camisa Verde e Branco - 269,0

13 - Tom Maior - 268,7

14 - Independente Tricolor - 268,7