Augusto Proença foi um dos grandes expoentes da literatura sul-mato-grossense

A morte do professor, contista, historiador e pesquisador da cultura pantaneira, Augusto César Proença, aos 85 anos, foi lamentada pelos mais diversos setores da cultura. 

O bacharel em História, Ahmad Schabib Hany, escreveu em seu blog: "Escritor, memorialista, professor, roteirista e cidadão à frente de seu tempo, Augusto César Proença se eterniza no momento em que é necessária a preservação do patrimônio cultural imaterial e seu elegante estilo de registro, como nunca, é imprescindível."

Já o amigo, Armando Arruda Lacerda, destacou: "Augusto César Proença, você deixou para cada um de nós um pouco do seu gigantesco talento e insuperável erudição, é com avareza que guardaremos, como tesouros, as lembranças das histórias verídicas que garimpastes no passado e tornastes imortais em sua prosa que, superando o presente, se tornará marcos permanentes no futuro de nossa gente. Descanse em paz, Guerreiro das Letras, que seu magnífico legado conforte parentes e amigos neste tênue momento de separação."

Marcelle de Saboya Ravanelli, presidente do Conselho de Política Cultural de Corumbá, lembrou que "desde seu primeiro livro Snack Bar, lançado em 1979, não parou de produzir narrativas que recriam as memórias de seu lugar, dos pantaneiros, da gente citadina de Corumbá, dos saberes, falares e fazeres desse povo. Da sua gente, enfim. Através de uma literatura-arte, uma literatura-memória, uma literatura de afetos e denúncias, uma literatura devastada pelas poesias e vicissitudes de um lugar, com toda sua pluralidade, consagrando-se como um dos grandes expoentes da literatura sul-mato-grossense contemporânea. Seus textos já foram adaptados para teatro, audiovisual, contações de causos e histórias e exposições artísticas."

Augusto Proença morreu ontem (11). O corpo é velado na Capela Corumbá, na rua Major Gama esquina com a 13 de Junho. O sepultamento está marcado para 15h no cemitério Santa Cruz.