Rosana Nunes em 27 de Junho de 2022
Reprodução/Redes Sociais
Grazielly e Edmilson tiveram uma relação conturbada
Ele estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) desde o final da tarde de quarta-feira (22), depois de ter dado um tiro contra a própria cabeça. De acordo com a Direção Técnica, desde a internação, Edmilson "apresentava sinais iminentes de morte encefálica e permaneceu sem sedação, em coma, respirando com suporte de aparelho de ventilação mecânica e com necessidade de medicação para manter pressão arterial minimamente adequada".
Feminicídio
Edmilson, conhecido pelos apelidos de "Aquidauana" e "Xitu", matou a facadas Grazielly Karine Soares Alves de Lima, de 28 anos, na madrugada do dia 22 de junho, no bairro Popular Nova. Mais cedo, os dois tinham saído para jantar.
A vítima, que era manicure, foi encontrada sentada em um sofá e com vários "retalhos" no corpo. Ela foi esfaqueada nos braços, tronco, cabeça e perna. Até o cabelo da vítima foi cortado em várias partes.
Antes de matá-la, Edmilson torturou Grazielly por mais de 20 minutos, revelou a Polícia Civil. A delegada da Mulher, Tatiana Zyngier e Silva, disse que o casal estava possivelmente reatando o relacionamento após três meses de separação. Tudo leva a crer, que o motivo seria por ciúmes depois que ele recebeu uma ligação informando sobre uma suposta traição. "Não sabemos se houve essa ligação ou não, ou se era da cabeça do próprio autor, para justificar o ciúme que ele tinha da vítima. Estamos investigando", disse em coletiva de imprensa na quinta-feira (23).
Depois que matou Grazielly, Edmilson ficou escondido na casa de um conhecido, na parte alta da cidade. Quando a Polícia identificou o esconderijo e foi até o local, ele saiu do quarto em que estava e atirou contra a cabeça.
Ao Diário Corumbaense, a delegada Tatiana informou que, com a morte de Edmilson, "fica extinta a punibilidade" e o caso será arquivado. "A investigação vai ser encerrada nos próximos dias", afirmou.
"Aquidauana" era mecânico e tinha passagens por violência doméstica e porte ilegal de arma de fogo. Em 2012, golpeou várias vezes com o cabo de uma faca a companheira dele na época.
(matéria editada para acréscimo de informação)
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