Campo Grande News em 18 de Maio de 2022
Policiais flagraram o momento em que um dos alvos, morador do Jardim Noroeste, compartilhava na internet imagens de abuso sexual infantil. Ele foi preso em flagrante e teve materiais, como computador e celulares, apreendidos.
A Operação Predador faz parte da campanha "Maio Laranja", em alusão Dia Nacional de Combate a Exploração Sexual Infantil. Policiais da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) saíram as ruas para cumprir dois mandados de busca e apreensão. Os dois alvos já eram investigados pelo setor de inteligência da polícia, que constatou compartilhamento e armazenamento de abuso infantil.
Henrique Kawaminami/Campo Grande News
Delegado Marcelo e delegada Fernanda, da Depca, que deflagraram operação hoje
O morador do Noroeste é professor de educação física e atualmente trabalha como motorista de aplicativo. Com ele, a Depca apreendeu 17,5 gigabytes de material. "Trabalhava a noite e ficava de dia em casa, já a esposa trabalhava de dia e ficava a noite em casa. No momento que chegamos nesta manhã, ele estava compartilhando pornografia infantil", afirma.
O homem é casado há 15 anos e não tem filhos. A polícia constatou que esposa não tem envolvimento com o crime e nunca desconfiou. "Eles usavam o mesmo computador, mas com logins diferentes. Ela foi ouvida como testemunha".
Já o outro alvo é morador do Bairro Coophavila, designer gráfico, casado e pai de dois filhos menores. O Serviço de Inteligência apurou que ele estava baixando muito material de pornografia infantil. "Com ele tinha 50 gigas de material de abuso sexual infantil. O computador será periciado e pode ser que haja mais conteúdo", afirma o delegado Marcelo Damasceno. Os filhos dele, crianças de 7 e 9 anos, foram ouvidos no setor psicossocial da delegacia especializada, não sendo constatado qualquer tipo de abuso.
Os dois presos não têm passagens pela polícia. "Isso confirma que esse criminoso não tem rosto", ponderou a delegada Fernanda. Ela também destacou que, contrário do que é pensado por esses criminosos, a polícia consegue identificar quem baixa imagens de abuso infantil. "No mundo online as pessoas acreditam que estão não identificadas, sozinhas, isoladas, mas não, a polícia consegue identificar e localizar esses autores que baixam material de abuso sexual infantil. Nós temos várias ferramentas de inteligência que identificam precisamente cada um dos alvos".
Os dois alvos foram presos em flagrante por armazenar, que é um crime permanente e autônomo, e compartilhar material de abuso sexual infantil. O crime de armazenar varia de 1 a 4 anos de prisão, já disponibilizar e compartilhar, de 3 a 6 anos. A polícia representará pela prisão preventiva dos dois.
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.