PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mesmo com rio Paraguai registrando segunda menor vazante, Sanesul mantém sistema de abastecimento sem alteração

Leonardo Cabral em 14 de Outubro de 2021

O rio Paraguai registra nesta quinta-feira (14) altura negativa de 58 cm na régua de Ladário, informa o monitoramento diário do Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, organização militar subordinada ao Comando do 6° Distrito Naval da Marinha do Brasil. A marca é a segunda mais rigorosa vazante de sua história, em 110 anos de medição. Fica atrás de 1964, quando o rio alcançou a menor marca, chegando aos -61 cm, em setembro daquele ano. 

Com a grave estiagem, há muitas consequências, entre elas a navegabilidade e a exportação de produtos, boa parte minério. Antes escoadas pelo rio Paraguai em barcaças, agora as cargas são transportadas via terrestre, pela BR-262.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Estação de captação de água, no rio Paraguai, em Corumbá

Outra preocupação é com o abastecimento de água em Corumbá e Ladário. Mesmo diante deste cenário, a empresa responsável pelo serviço de água e esgoto na região, informou que adotou uma série de medidas estratégicas, para evitar a falta de água.

“Mesmo evidente que as altas temperaturas, associadas à estiagem prolongada, provocam aumento natural de consumo de água nessa época do ano, todos os sistemas operam dentro da normalidade e até então, não houve necessidade de estabelecer rodízio e/ou racionamento no fornecimento de água”, respondeu a assessoria da Sanesul ao Diário Corumbaense.   

A empresa informou que tem ações preventivas específicas caso a situação se agrave. “Como a instalação de uma captação via barcaça (flutuante) com conjunto de equipamentos mecânicos (motor/bomba) e eletroeletrônicos, ancorada na infraestrutura da ponte de água bruta no rio Paraguai, a fim de atender o fornecimento de água para a população”.   

Além disso, a concessionária monitora diariamente o comportamento do nível dos poços profundos e do rio Paraguai a partir de dados e informações recebidas do Sistema de Alerta Hidrológico (SAH Paraguai), através do Boletim Semanal de Monitoramento da Bacia do rio Paraguai.

Entre outras iniciativas, a equipe técnica da Sanesul, das áreas de operação, manutenção eletromecânica e qualidade da água, inspeciona diariamente a captação e avalia as instalações hidráulicas dos municípios operados pela empresa, bem como o desempenho dos motores, bombas e equipamentos eletroeletrônicos, com eventual tomada de decisão para manutenção nesse período de estiagem prolongada. Exemplo disso também ocorre no sistema de abastecimento de água de Ladário. 

Medidas no Estado

A estiagem afeta outros municípios de Mato Grosso do Sul e entre as medidas adotadas nas cidades onde a Sanesul opera, está a perfuração de novos poços profundos para aumentar a produção e ampliação da reservação para sustentar o abastecimento de água à população nos 68 municípios de Mato Grosso do Sul, totalizando 129 localidades operadas pela Companhia. 

Do total de sistemas das sedes dos municípios, apenas 11 exploram mananciais com captações superficiais através de Estação de Tratamento de Água (ETA). Os outros 57 municípios operam a extração de água de manancial subterrâneo através de 369 poços profundos e 79 nos Distritos.

Dessa forma, os cenários e ações tomadas se apoiam nos fatos e informações operacionais dos sistemas de abastecimento de água, requerendo possíveis ajustes de rumo conforme novos resultados se apresentem ao longo dos próximos meses. 

A concessionária alerta sobre o desperdício de água, pois mesmo com investimentos, a situação é atípica e exige cuidados. “Por isso, a Sanesul orienta sempre que os consumidores façam o uso consciente da água tratada fornecida, evitando desperdícios. É de extrema importância a conscientização de cada indivíduo, economizar ajuda a enfrentar esse momento crítico para não faltar água”, orientou a empresa. 

PUBLICIDADE