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Política: o inferno é vizinho do paraíso

Coluna Ampla Visão, com Manoel Afonso em 09 de Outubro de 2020

‘GANÂNCIA’: Tim Maia contou no ‘Jô Soares’ um episódio que lembra os políticos  ladrões que vão pra cadeia. Nos ‘States’,Tim roubava até frango assado nos mercados. Uma vez no Brasil roubou duas cadeiras. Ganancioso, voltou para levar mais uma e foi preso. A propósito aposto; você conhece ‘políticos lalaus’ com esse perfil ganancioso.

O MINEIRO  Pedro Aleixo dizia que o político esperto julga-se tão sabido que acaba atolado na própria burrice. Usa cumplices para não sujar as mãos, contorna a lei  mas fica com o rabo preso na perigosa teia que pode fritá-lo com documentos e informações na justiça.  É igual ao mandante do crime que se torna refém do matador de aluguel.

LAVA JATO: Ela mostrou que a corrupção não existe sem o corruptor e a participação  de outra pessoa ou agente. É o contador, motorista, compadre, secretária ou empresário nesta ‘costura’. Se qualquer um deles abrir o bico a verdade virá a tona com a habitual  postura alarmante da mídia. Os estragos irreversíveis e as noites de pesadelos terríveis.    

7 DEDOS:  Sobrevivem no imaginário popular alguns conceitos irônicos da conduta na vida pública: ‘Roubar pode, mas nem tanto’ – ‘Um pouco mais, um pouco menos,  todos metem a mão’ – ‘Tá pra nascer um honesto’ – ‘O certo é roubar e não ostentar’ –‘O mandato é curto, aproveite!’ - Roubando ou não o povo vai falar. Então roube!’

CANDIDATOS? Todos são os defensores da moral e dos bons costumes. Os senhores da probidade pública enfrentarão um orçamento reduzido e a recessão econômica num período ainda em pandemia. Querem o poder! Prestígio, subsídios, cargos em comissão e, essencialmente serem reeleitos em 2024.  (Claudio Henrique de Castro)

AVISO: Na política apenas uma porta separa o paraíso do inferno. Os candidatos estão conscientes do que o esperam além do eventual poder? Evidente, se eleitos, ganharão notoriedade. Mas ainda como candidatos já se tornaram figuras públicas, alvos de elogios, críticas e questionamentos sem limites tirando-lhes máscaras e a maquiagem.    

PARAÍSO: Os números comparativos mostram: os religiosos são os campeões de candidaturas.  Entre pastores, pastoras, bispos, bispas e assemelhados somam 8.600.  Ganham fácil dos militares - pouco mais de 3.500 candidatos. E com o avanço religioso na política, o Estado Teocrático vai ficando cada vez mais comprometido. Preocupante.

INFERNO: O deputado Jamilson Name (sem partido) abatido com as prisões do seu pai e irmão desde 2019 e pelas diligências policiais contra o vereador Ademir Santana (PSDB) ligado a sua família. Com atuação parlamentar discreta até aqui e dependendo das decisões judiciais, ele poderá até desistir de tentar a reeleição. É o que se comenta.

MAQUIADOS: Os certificados e diplomas nas paredes dos consultórios garantem a competência profissional? Não. Mas eles figuram em currículos suspeitos, usados em concursos. Aliás, pela internet  se adquire currículos invejáveis, material de tese em mestrado, doutorado e diplomas de faculdades e até documentos diversos.   

EXEMPLOS: O ex-ministro Carlos A. Decotelli pôs no currículo títulos fajutos; o  governador  carioca  W. Witzel  também. Agora  o Des. Kassio Marques, indicado para o STF por Bolsonaro maquiou o seu currículo. E pergunto: É confiável um ministro do STF que não respeita o direito autoral - tomando como sua uma citação alheia? 

‘BRAVA GENTE’: Segredo de Estado. Qual é mesmo o ganho mensal de vereador na capital entre salários e penduricalhos? (rimou)  Explica-se  aí o ‘interesse  de servir’ dos 774  candidatos pelas 29 vagas. Mais de 15 deles já passaram por lá, ocuparam  cargos eletivos ou de confiança. ‘Idealismo’ que marcou o personagem Justo Veríssimo.

DOUTRINAÇÃO: Ex-deputado federal Xico Graziano (PSDB) denuncia o material didático do ‘Anglo’ sobre a visão errada que passa do agronegócio aos alunos, com tintas cheias de ranço marxista. Sem elogios. O agricultor é mostrado como depredador e explorador social. E onde estão os nossos políticos que não rebatem essa barbaridade?

TAMBÉM AQUI: Sem critério definido, cada partido usará o fundo eleitoral de acordo com os interesses das lideranças. Exige-se apenas que as campanhas das mulheres tenham o mínimo de 30% dos recursos aos candidatos à vereança e que os negros não sejam preteridos. Fora disso, cada sigla decidirá quem será beneficiado ou não.

LUPA: O ritmo da campanha eleitoral  sem novidades. Na capital. Algumas carreatas na fase inicial e ações de adesivagem de sucesso discreto.  Não é difícil prever como  terminará. A Justiça Eleitoral ainda não acordou sobre os riscos de abstenção enorme;  o eleitor usará a desculpa do Covid para faltar. Quando a Justiça acordar poderá ser tarde.

SAÚDE & VOTO: Em todas as cidades há o funcionário da saúde que atende bem. Postura que atrai elogios e melhora a sua autoestima para ingressar na política inclusive. Nestas eleições, a pandemia é fator que está impulsionando as candidaturas  deste pessoal à vereança principalmente, dando-lhes visibilidade.  Muito bom!

‘SABERETAS’: Presentes em todas ocasiões. Na cobertura dos incêndios do pantanal  alguns jornalistas avançam o sinal na abordagem. Viajam na maionese, defendem posições sobre o assunto complexo de locais que conhecem só pelas fotos. André Trigueiro (Globo), por exemplo, está sendo criticado no facebook pelas suas opiniões.

RIVOTRIL:  Antes era a generosa 2ª. Turma do STF que votava beneficiando Lula em seus processos. A gente sabe as razões.  Mas o presidente Luiz Fux cumpre a promessa  de continuar combatendo a corrupção e decidiu: as ações penais da Lava Jato passarão a ser julgadas pelo plenário da corte. Enfim, as noites de insônia de Lula continuarão.

AS BESTAS: Liderança para Mao Tse – tung: matou de 38 a 48 milhões de chineses nos 26 anos de poder. Em seguida  Stalin; em 30 anos liquidou de 9 a 20 milhões de pessoas na Rússia.  Por último  Hitler que nos 11 anos mandando provocou a morte entre 10 a 12 milhões de pessoas. O pior: todos eles ainda tem seguidores fieis por aí.

MANOEL CLAUDIO: ( ex-ator global) “Ser da esquerda é fácil. Basta dizer ‘sou da esquerda’ e acabou. Você vira vagamente intelectual, sensual, descolado, solidário. Mas se você diz ‘não sou da esquerda’ terá que se explicar para o resto da vida. ‘Não sou de esquerda, mas não sou homofóbico, não sou de esquerda, mas não sou racista”.

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A vida ou o poder? A escolha é dos candidatos

Primeiro ano que não vou à Paris por causa do Covid. Antes não ia por falta de grana.

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Um jornal vive da ficção de que todo dia acontece algo diferente (Jorge L. Borges)