Leonardo Cabral em 25 de Fevereiro de 2019
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Prefeitura e sede da Assistência Social foram alvos da operação
Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo Juiz de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Corumbá, Deyvis Ecco. Walter Júnior Landiva, exercia cargo comissionado, assim como Marilene Ribeiro, que também era comissionada e atuava como chefe do setor de Recursos Humanos da Assistência Social.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense Gaeco recolheu documentos na Assistência Social
Dos quatro, apenas a prisão de Walter Júnior Landiva, não havia sido confirmada até o meio da tarde.
Terra Branca
A operação da Gaeco, realizada em conjunto com a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Corumbá, visa desarticular organização criminosa que atuou na Secretaria de Assistência Social de Ladário no período de janeiro de 2017 a outubro de 2018. Os crimes são de organização criminosa, peculato, prevaricação, falsidade ideológica e fraude em licitação através do desvio de dinheiro público mediante a contratação fraudulenta de empresas e prestadores de serviços, via dispensa ilegal de processo licitatório, com superfaturamento dos preços e ausência da entrega do bem ou serviço contratado.
Ainda conforme a Gaeco, a fraude também ocorria via contratação direta de servidores, por processo seletivo também fraudado. A investigação apontou que os valores dos cofres públicos recebidos pelas empresas ou servidores contratados ilegalmente eram repassados aos agentes públicos participantes do esquema.
Foram alvos de busca e apreensão, a Secretaria de Assistência Social, o setor de Recursos Humanos localizado na Prefeitura Municipal, a residência dos investigados, além de quatro empresas com sede em Corumbá e que, segundo o Gaeco, mantiveram contratos fraudulentos com o Município de Ladário. Ainda não há cálculo dos prejuízos aos cofres do município.
O nome da operação faz referência ao termo como a cidade de Ladário é conhecida (situada sobre uma formação de calcário) e porque a cidade foi há pouco tempo também alvo de operação do Gaeco para cumprimento de mandados de prisão contra o prefeito afastado Carlos Ruso, o ex-secretário de Educação, Hélder Botelho e sete vereadores pela prática dos crimes de corrupção e organização criminosa. O caso ficou conhecido como "mensalinho". O prefeito, segundo o MPE, pagava valores mensais aos vereadores em troca de apoio político. Todos continuam presos em Campo Grande, exceto uma vereadora, pastora Lilia, que está em prisão domiciliar.
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